Ataque em praia australiana mata 12 e fere 29. Alvo era comunidade judaica

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Um tiroteio na praia de Bondi, em Sydney, uma das praias mais famosas da Austrália, no início das celebrações de Hanukkah matou pelo menos 12 pessoas e feriu 29. Foi um ataque terrorista direcionado à comunidade judaica. Os dois terroristas foram neutralizados: um foi morto pela polícia, o outro ficou ferido e já foi identificado: tem 24 anos e é de origem paquistanesa.

Vatican News

Na tarde deste domingo, 14 de dezembro, um ataque terrorista em Bondi Beach, Sydney, uma das praias mais famosas da Austrália, deixou mortos e feridos. O alvo, segundo a polícia, era a comunidade judaica, que festejava o Chanucá. Entre as vítimas, de acordo com um porta-voz da comunidade judaica local, estava o rabino de Sydney, Eli Schlanger. As autoridades esclareceram que “o ataque terrorista teve como alvo a comunidade judaica”.

De acordo com um relatório oficial preliminar, pelo menos 12 pessoas foram mortas e pelo menos 29 ficaram feridas, incluindo dois policiais. A polícia disse ter “neutralizado” duas pessoas: um foi morto (e está incluído no número de mortos), enquanto o outro está em estado crítico. Trata-se de Naveed Akram, de 24 anos, de origem paquistanesa. Ele está incluído no número total de feridos divulgado pela polícia.

Segundo Sydney Morning Herald, como parte da investigação, um homem e uma mulher foram presos em sua lar. A polícia confirmou que eles estão ligados ao ataque. Vários dispositivos explosivos caseiros foram encontrados no automóvel dos terroristas, que foi apreendido pelas autoridades.

A dinâmica do atentado

 

De acordo com o que se pode reconstruir a partir de vários vídeos que circulam nas redes sociais, dois agressores — um vestido inteiramente de preto; o outro com camisa preta e calça branca — chegaram à praia de Bondi pouco depois das 18h30, horário local. Eles começaram a disparar dezenas de tiros, semeando o pânico na multidão, que começou a fugir. Os vídeos mostram várias pessoas no chão, cobertas de sangue: algumas — imóveis — do lado de fora de um automóvel branco, outras ao redor de mesas de camping.

Os dois agressores então se separaram: um permaneceu em uma passarela que liga o estacionamento à praia, atirando de uma posição mais alta, enquanto o outro seguiu por uma pequena estrada paralela à costa, sob a própria passarela, para continuar atirando.

Nesse momento — como mostrado em outro vídeo — um dos assassinos é desarmado por um pedestre. Aproveitando-se de um momento de distração, um homem consegue agarrar o agressor pelo pescoço e desarmá-lo.

Não está claro se o homem — que apontava o rifle para o agressor — atirou nele (ferindo-o levemente) ou não, nem por que decidiu — neste último caso — não fazê-lo. No entanto, o agressor é visto se afastando lentamente, enquanto o homem que o desarmou encosta o rifle usado pelo assassino em uma árvore. O atirador então se dirige à ponte, onde seu cúmplice está. E é lá que ele é alcançado por tiros da polícia, que agora correu em massa para pôr fim ao tiroteio.

De acordo com o canal 7News, o homem que parou o atirador é Ahmed al-Ahmed, um muçulmano de 43 anos, pai de dois filhos, dono de uma fruteira e inexperiente com armas. Ele agora está hospitalizado devido aos ferimentos. Um parente do homem — seu primo Mustafa — diz que ele foi baleado duas vezes. 

O agressor é conhecido pelas autoridades

 

Segundo a ABC News, um dos agressores estava na lista de vigilância da ASIO, a agência de inteligência australiana: “Não em termos de ameaça imediata, então precisamos investigar o que aconteceu”, explica o diretor-geral da ASIO, Mike Burgess.

O feriado judaico de Chanucá e a ira de Israel

 

As comemorações do primeiro dia do feriado judaico de Chanucá estavam em andamento na popular praia. De acordo com a BBC, um folheto digital para o evento, chamado Chanuka by the Sea 2025, indicava que ele estava programado para acontecer perto do parquinho infantil da praia, a partir das 17h de domingo.

O presidente israelense, Isaac Herzog, condenou o tiroteio, chamando-o de “ataque cruel contra judeus” e instou as autoridades australianas a “lutarem contra a imenso onda de antissemitismo que assola a sociedade australiana”. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Saar, foi mais enfático: “Hoje, as esperanças daqueles que pediram a ‘globalização da intifada’ se concretizaram. O governo australiano, que recebeu inúmeros avisos, precisa finalmente acordar para o que está acontecendo. Este é apenas o resultado final dos ataques antissemitas que vimos na Austrália nos últimos dois anos.”

*Com Corriere della Sera

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