O maior número de pessoas famintas encontra-se na Ásia (381 milhões), mas o fenômeno também está se espalhando na África (250 milhões) e América Latina e Caribe (48 milhões). A pandemia de Covid-19 irá agravar o quadro, revela o relatório sobre o Estado da segurança alimentar e da nutrição no mundo.
Vatican News
A fome afeta um número crescente de pessoas: de acordo com um estudo anual da FAO/IFAD/UNICEF/PAM/OMS, nos últimos cinco anos, dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo entraram para as fileiras dos subnutridoss crônicos e vários países estão lutando com múltiplas formas de desnutrição.
De acordo com o último relatório sobre o Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no mundo, publicado nesta segunda-feira, 13 de julho, quase 690 milhões de pessoas sofreram de fome em 2019, ou seja, 10 milhões a mais que em 2018 e pouco menos de 60 milhões em cinco anos.
A estes se somam bilhões de pessoas que, devido ao aumento de custos e à escassa disponibilidade de recursos, não têm acesso a uma dieta saudável ou nutritiva.
O maior número de pessoas famintas encontra-se na Ásia (381 milhões), mas o fenômeno também está se espalhando na África (250 milhões) e América Latina e Caribe (48 milhões).
O alarme lançado pelo relatório é que, até o final de 2020 em todo o planeta, a pandemia de Covid-19 poderá lançar outras 130 milhões pessoas na situação de fome crônica, um número que provavelmente crescerá mais como resultado dos surtos agudos de fome no contexto da pandemia.
O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no mundo é o estudo com maior autoridade e reconhecimento publicado em nível mundial, que verifica os progressos alcançados no combate à fome e à desnutrição.
O relatório é fruto da colaboração entre a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PAM) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).