Foi realizada esta manhã, na Espanha, a cerimônia de beatificação de João Roig y Diggle, assassinado “in odium fidei” aos 19 anos durante a guerra civil espanhola. Representando o Papa, a celebração foi presidida pelo cardeal-arcebispo de Barcelona, Juan José Omella y Omella.
Vatican News
São cerca de dois mil os mártires da guerra civil espanhola venerados pela Igreja Católica: sacerdotes, religiosas, bispos e também muitos leigos que perderam a vida porque amavam Cristo nos anos difíceis entre 1936 e 1939, pouco antes do início da II Guerra Mundial.
Entre eles, está João Roig y Diggle, originário de Barcelona. Em meio ao clima anticristão da época, o beato não tinha dúvidas: “Agora, mais do que nunca, devemos lutar por Cristo”.
Crescido numa família cristã não abastada, conseguiu se formar em Direito e se tornou advogado. Muito atuante na comunidade católica local, os milicianos invadiram a sua lar na noite entre 11 e 12 de setembro, em busca do chefe da família, que não se encontrava.
João estava num outro quarto e antes que se o encontrassem, consumiu todas as hóstias consagradas para “salvá-las” da destruição.
Enquanto era levado embora, tentava tranquilizar a mãe em prantos, dizendo: “Deus está comigo”. Ao ser conduzido para o cemitério, cantava e rezava.
Quando lhe apontam os fuzis, pronunciou palavras de perdão para os seus carnífices. Momentos antes da morte, gritou: “Viva Cristo Rei!”.