Bispos de Portugal antecipam mensagem ao Dia dos Avós: um tesouro para ser protegido, cuidado e admirado

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No Brasil e em Portugal, o Dia dos Avós é comemorado no próximo domingo, dia 26 de julho. Por ocasião da data, em que a Igreja celebra Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus, os bispos portugueses divulgam uma mensagem especial, em reportagem do jornal vaticano L’Osservatore Romano: “os avós são um tesouro. No tempo em que vivemos, devemos dizê-lo claramente”, porque “aquele que foi curado será capaz de cuidar, aquele que aprendeu poderá ensinar, aquele que foi protegido será capaz de proteger, aquele que foi amado saberá amar”.

Giovanni Zavatta – L’Osservatore Romano

“Os avós são um tesouro”. Já do título os bispos portugueses dão a ideia da mensagem divulgada na edição desta segunda-feira (20) do jornal vaticano L’Osservatore Romano. No Brasil e em Portugal, o Dia dos Avós é comemorado no próximo domingo, 26 de julho, dia da celebração de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus. O momento “é uma ocasião para agradecer, abraçar e celebrar a presença deles no passado e no presente, para voltar às próprias raízes e descobrir nelas a ternura e o amor de Deus”.

O amor incondicional dos avós

E a mensagem divulgada pela Comissão para os Leigos e a Família da Conferência Episcopal Portuguesa dedicada aos idosos pela festa do próximo dia 26 de julho continua assim: “Eles são os primeiros a chegar na maternidade e imediatamente reconhecem qualquer semelhança familiar. Eles administram com confiança a fragilidade de um recém-nascido e acalmam as birras do sono como ninguém. Caminham de mãos dadas ao longo das calçadas. Permanecem calmos junto ao mar enquanto as ondas banham os pezinhos. Compram aquele sorvete, limpam os joelhos machucados das brincadeiras de rua, dão o banho no final do dia esperando a chegada dos pais”.

São os avós que percebem que é necessário comprar um novo par de sapatos para os netos, que descobrem qual é o brinquedo dos sonhos e dizem adeus com os olhos cheios de lágrimas, em longos abraços de despedida. Escutam em silêncio as reclamações, dúvidas, medos. Eles compensam com amor as ausências, a raiva, as dificuldades dos pais ocupados, de vidas separadas.

Eles conhecem os primeiros namorados, ajudam a pagar as despesas da escola e aquela viagem tão esperada. São os avós, escrevem os bispos, que “se emocionam com as etapas alcançadas, com os estudos concluídos”, que “se preocupam com os fracassos, acendem velas no dia dos exames, rezam por seus netos”. Criam laços que não conhecem limites, que não contemplam a aparência das coisas, mas que se concentram na disponibilidade total, no amor incondicional”.

Os avós são um tesouro

Os avós “sustentam a vida das famílias, não apenas porque permitem a sobrevivência ou dão um pouco de alívio, mas porque são as raízes de tantas vidas. Contam histórias do passado, e ajudam a entender a diferença entre o essencial e o supérfluo”. Os idosos representam uma riqueza insubstituível porque ” são testemunhas concretas e reais de outros tempos, muitas vezes marcados por dificuldades, lutas, necessidades”. E quando contam sobre isso, sentados à mesa para o almoço de domingo ou felizes por uma visita inesperada, transformam histórias antigas em lições de vida. Aqueles que as escutam com mais atenção são os menores, encantados pelas aventuras que viveram em terras distantes ou pela descrição meticulosa de uma lar, um passeio, um período de férias.

Os avós são um tesouro. No tempo em que vivemos, ressaltam os bispos portugueses, “devemos dizê-lo claramente, defendê-lo de forma peremptória”. Os tesouros devem ser protegidos, tratados com cuidado e admiração. Uma sociedade que não protege, não se importa, não admira os idosos, está condenada ao fracasso porque assim como a natureza nasce e renasce, assim como a semente cresce e é jogada no chão, assim ela passa e transcorre a vida.

Aquele que foi curado será capaz de cuidar, aquele que aprendeu poderá ensinar, aquele que foi protegido será capaz de proteger, aquele que foi amado saberá amar”. É por isso que às vezes temos vontade de “correr para os braços de um velho avô, de uma avó sozinha”, de “rezar por aqueles que já partiram”, de “contar a um filho, a uma neta, a história dos avós, dos bisavós, de todos aqueles que nos deram a vida”.

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