A fraternidade e a amizade social como valores essenciais para restaurar a esperança e o impulso a uma humanidade ferida pela violência e pela pandemia da Covid-19 são as duas chaves de leitura que os bispos mexicanos ofereceram ao expor a Carta Encíclica “Fratelli tutti” do Papa Francisco e agradecer-lhe por sua imenso contribuição ao Plano Global de Pastoral.
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A Conferência episcopal convida o povo mexicano a ler, refletir e se inspirar na nova Carta Encíclica do Papa Francisco. Eles também destacam os cinco desafios emergentes para o país nos quais a orientação da “Fratelli tutti” será crucial: economia integrada, construção de pontes, criação de empregos, liberdade religiosa e migrantes.
A fraternidade e a amizade social como valores essenciais para restaurar a esperança e o impulso a uma humanidade ferida pela violência e pela pandemia da Covid-19 são as duas chaves de leitura que os bispos mexicanos ofereceram ao expor a Carta Encíclica “Fratelli tutti” do Papa Francisco e agradecer-lhe por sua imenso contribuição ao Plano Global de Pastoral 2031+2033 da Conferência Episcopal Mexicana (CEM).
“Hoje mais do que nunca queremos anunciar e construir a dignidade humana, encorajados pela palavra do Papa que nos chama a reconhecer basicamente e essencialmente quanto vale um ser humano, quanto vale uma pessoa sempre e em qualquer circunstância, levando em conta que este respeito pela dignidade humana é um princípio essencial da vida social que muitas vezes é ignorado de maneiras diferentes, de modo que quando não é salvo, não há porvir nem para a fraternidade nem para a sobrevivência da humanidade”, dizem os bispos.
O CEM explica em sua mensagem de apresentação que ao longo de oito capítulos, “Fratelli tutti” oferece um olhar sobre a realidade de um mundo fechado com seus efeitos sobre a humanidade, à luz da passagem do Bom Samaritano que se torna o “eixo transversal” de todo o documento. Além disso, afirma que a nova encíclica nos convida a pensar e desenvolver um “mundo aberto” que aborda temas como migração, política, colóquio e amizade social com propostas e aspectos práticos que levem a ter um “coração aberto para o mundo” a fim de avançar por caminhos de paz, de reencontro, de ajuda, de engenhosidade e audácia, para gerar processos que curem feridas e buscar o colóquio entre pessoas de diferentes religiões, além da diplomacia, da bondade ou da tolerância.
“Convidamos todos a serem capazes de reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não permanece apenas em palavras, mas transcende em obras e no contexto da pandemia inesperada da Covid-19 que nos desafia como país a fazer algo por nossos irmãos e irmãs mais pobres, aqueles que sofrem violência, os migrantes, os doentes, os idosos, os jovens, as famílias, as comunidades educacionais, a lar comum e todas aquelas pessoas de boa vontade que precisam de nossa proximidade e acompanhamento”, exorta o episcopado.
Os bispos mexicanos afirmam em sua mensagem que a “Fratelli tutti” os ajudará a continuar a achar novas formas de colocar em prática os 35 compromissos do Projeto Global de Pastoral, que têm como objetivo fazer do México um país melhor. A CEM salienta que à luz da nova encíclica há cinco desafios emergentes para o país: a necessidade de ter uma economia integrada num projeto político, social e cultural que busca o bem comum, a construção de pontes de encontro e colóquio, a criação de novos empregos, diversidade produtiva e criatividade empresarial, a liberdade das religiões a serviço das pessoas e a defesa da justiça na sociedade, e dar respostas indispensáveis e necessárias aos migrantes, especialmente aqueles que estão fugindo de graves crises humanitárias.
Por fim, a Conferência episcopal convida os mexicanos a ler a nova Carta Encíclica, a refletir sobre o documento e a deixar-se tocar pelas palavras inspiradoras do Papa Francisco a partir de suas vidas, a fim de fazer do México e de cada família um espaço onde a fraternidade universal e a amizade social sejam vividas. “Que Nossa de Guadalupe nos motive a imitá-la e, como ela, ser uma Igreja que serve, que sai de lar, que sai de seus templos, de suas sacristias, para acompanhar a vida, para sustentar a esperança e para ser sinal de unidade […] para construir pontes, derrubar muros e semear a reconciliação”, concluem os bispos.
Vatican News Service – ATD/MJ