Brasil – “Mês das Pretas” para celebrar as suas potências

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No Brasil o mês de julho é considerado o “Mês das Pretas” e regista várias atividades. Culminam no dia 25 que é também Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. Kelly Santos, jornalista, em São Paulo, e membro do bloco “Ilú Obá De Min – Mãos Femininas que Tocam Tambor”, participou nesse dia na Marcha das Mulheres Negras e conta as razões e os objetivos disso.

Dulce Araújo – Vatican News

Celebrar as potências das mulheres negras e a sua luta pela igualdade racial no Brasil, país onde mais de metade da população tem sangue africano e continua a sofrer atos discriminatórios a diversos níveis. Jovens e mulheres são particularmente afetados por estas situações. Por isso as mulheres se organizaram e desde há anos levam avante ações viradas para a construção de um Brasil melhor para todos. A Marcha das Mulheres Negras inscreve-se nesta linha e é realizada em várias cidades do país, entre as quais São Paulo.



Kelly Santos – Jornalista (São Paulo) crédito: Guto Muniz

Kelly Santos, uma das participantes por conta do bloco “Ilú Obá De Min – Mãos Femininas que Tocam Tambor”, a que pertence, refere que as atividades do “Mês das Pretas” se faz também com vista na Grande Marcha de 25 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, feriado nacional. Será em Brasília. É uma Marcha símbolo da resistência negra e da procura da reparação e duma sociedade mais harmoniosa entre todos: brancos e negros.  Desmontar o sistema de desigualdade baseada na raça, requer dos negros um grande esforço de organização. Isto já existe, mas  precisa de ser reforçado, sublinha a Kelly.

Kelly Santos tocando tambor enquanto membro do "Ilú Obá De Min - Mãos Femininas que Tocam Tambor”. Crédio: Negro Soul

Kelly Santos tocando tambor enquanto membro do “Ilú Obá De Min – Mãos Femininas que Tocam Tambor”. Crédio: Negro Soul

Embora se tenham verificado alguns progressos como a política de quotas e alguns negros nos lugares de liderança, para a Kelly, as coisas só pedrão mudar realmente à medida que os negros forem tendo mais lugares nas esferas de decisão. Há ainda muito caminho a percorrer neste sentido – afirma nas palavras proferidas a pedido da rubrica “Década dos Afrodescendentes” da Rádio Vaticano, e que se podem aqui ouvir: 

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