Cardeal Bo pede aos líderes asiáticos respeito e proteção dos refugiados

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Para o cardeal arcebispo Charles Bo, da arquidiocese de Yangon, a capital de Mianmar, “a crise pandêmica só poderá ser superada quando ninguém for deixado de fora, assim será possível curar o planeta”

Vatican News

O Cardeal Charles Bo, Arcebispo de Yangon, a capital de Mianmar, Presidente da Federação das Conferências Episcopais da Ásia (FABC), em declaração emitida por ocasião do Dia Mundial do Refugiado, 20 de junho, convidou os líderes asiáticos a enfrentar “o racismo, o nativismo e a retórica odiosa” diante de migrantes sem documentos, refugiados e requerentes de asilo.

Aos líderes pedimos respeito

É hora de pedir aos líderes de todas as nações que respeitem os direitos de todos os povos para: “dar prioridade aos princípios do direito internacional, há muito reconhecidos, e próprios dos países civilizados, no que diz respeito à proteção dos deslocados à força”. Sublinhando os riscos que correm os refugiados em meio à pandemia do coronavírus, “muitas vezes fugindo, amontoados e sem cuidados de higiene adequados”, o Cardeal Bo lembrou que se “a humanidade for dividida, a crise pandêmica não poderá ser superada, e só quando ninguém for deixado de fora será possível curar o planeta”.

Na emergência, pensar em todos

“É relevante – observou – incluir as necessidades dos refugiados, requerentes de asilo e deslocados internos em todas as políticas em resposta à Covid-19, incluindo a assistência”; e não aproveitar uma emergência como a pandemia do coronavírus para negar assistência às populações migrantes e para reunir ou deter homens, mulheres e crianças migrantes.

Ver a causa dos conflitos

Diante de uma crise global, “é prioritário – disse – prestar assistência às pessoas mais vulneráveis, como os refugiados”, sugerindo que, “para acabar com a emergência sanitária, aliviar a fome e a pobreza induzidas pela pandemia e prevenir o desenraizamento de pessoas como os refugiados, é preciso enfrentar as verdadeiras causas do conflito, acabar com as ofensivas militares e permitir que os deslocados retornem aos seus vilarejos”.

Por fim, o Cardeal Bo lembrou a presença em Mianmar de milhares de pessoas deslocadas internamente. No país, atormentado pela guerra civil há mais de sessenta anos, foi declarado um cessar-fogo parcial, “mas – disse ele – a diferença entre um cessar-fogo total e um cessar-fogo parcial é imenso”. A guerra ainda movimenta dezenas de milhares de pessoas, que agora passam fome ao norte de Rakhine e ao sul do Estado de Chin. “O fracasso em estender o cessar-fogo a todas as partes de Mianmar – concluiu – afeta a paz de toda a Ásia”. O conflito não leva ninguém à vitória “.

Vatican News – AP

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