Caritas pede maior empenho da ONU e UE por civis na região de Nagorno-Karabak

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Na Audiência Geral de 20 de setembro, o Papa havia feito um apelo pelo fim do conflito na região de Nagorno-Karabakh: “Faço um apelo mais uma vez a todas as partes envolvidas e à Comunidade internacional para que se calem as armas e se faça todo esforço para achar soluções pacíficas para o bem das pessoas e o respeito pela dignidade humana.”

Vatican News

Até agora, mais de 60.000 armênios de Nagorno-Karabakh fugiram da região após o bloqueio imposto há nove meses  e uma intervenção militar ao longo da fronteira Armênia-Azerbaijão na última semana.

“Qualquer agressão contra civis é inaceitável”, sublinha Alistair Dutton, secretário geral da Caritas Internationalis. “Aqueles que fugiram da crise devem receber assistência humanitária. A proteção dos deslocados deve ser assegurada e seus direitos, incluindo o de uma travessia segura e da liberdade movimento, deve ser totalmente apoiada. As pessoas devem ser livres de permanecer nas suas casas, e as pessoas que fugiram devem ser autorizadas a regressar, se assim o desejarem.”

 

A Caritas Armênia está presente na região da fronteira sul, por onde os deslocados estão entrando na Armênia, bem como em outras quatro regiões do país e na capital Yerevan. A organização continua a monitorizar a situação e começou a responder às necessidades das pessoas deslocadas, em conformidade com os princípios humanitários.

A Caritas Armênia tem uma experiência significativa na prestação de ajudas humanitárias, incluindo meios de subsistência, alojamentos e assistência financeira, graças à anterior experiência de resposta às emergências do conflito de 2020 entre Armênia e o Azerbaijão.

“Os membros da Caritas Europa começaram imediatamente a mobilizar fundos e estão regularmente em comunicação com a Caritas Armênia para acompanhá-la na sua resposta”, explica Maria Nyman, secretária geral da Caritas Europa.

A Caritas Internationalis e a Caritas Europa apelam a todas as partes interessadas para que respeitem o direito humanitário internacional e garantam a segurança e os direitos das pessoas deslocadas durante a sua viagem e lhes forneçam a assistência necessária para a chegada ao seu destino. Dada a grande falta de alimentos e a falta de acesso à electricidade e à água em Nagorno-Karabakh, é crucial permitir plenamente o acesso humanitário ligeiro e sem obstáculos e a liberdade de movimento dentro e fora de Nagorno-Karabakh.

“Neste momento crucial, é também essencial que tanto a UE como a ONU intensifiquem o seu apoio à resposta humanitária em Nagorno-Karabakh e na Armênia, com especial atenção e financiamentos destinados aos agentes humanitários locais que são capazes de responder de forma eficaz e rápida à situação e de ajudar os necessitados”, enfatiza Gagik Tarasyan, diretor executivo da Caritas Armênia.

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