Ciência e fé: pesquisador estadunidense designado com Prêmio Templeton

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Nomeado em 2009 por Bento XVI para a Pontifícia Academia das Ciências, o Dr. Francis S. Collins ensinou Medicina Interna e Genética Humana na Universidade de Michigan, antes de liderar a equipe de pesquisadores que decifraram o genoma humano.

Vatican News

O geneticista estadunidense Francis S. Collins é o vencedor do Prêmio Templeton 2020 pelo progresso da pesquisa no campo das relações entre ciência e religião. O prestigiado reconhecimento é atribuído anualmente pela Fundação de mesmo nome a uma personalidade do mundo acadêmico que, como o próprio título indica, contribuiu para o “Progresso da pesquisa e das descobertas sobre as realidades espirituais”.

Com 70 anos, nomeado em 2009 por Bento XVI na Pontifícia Academia das Ciências, o Dr. Collins ensinou Medicina Interna e Genética Humana na Universidade de Michigan, antes de liderar a equipe de pesquisadores que decifraram o genoma humano.

Ele é conhecido nos Estados Unidos por sua fé cristã e por seu livro The Language of God (“A linguagem de Deus”), publicado em 2006, no qual ele procura demonstrar que ciência e fé não são contraditórias, antes ainda, a primeiro pode “inspirar pesquisas científicas rigorosas”. E esta é a motivação do prêmio Templeton, que reconhece o compromisso do cientista de incentivar “as comunidades religiosas a acolher as mais recentes descobertas da genética e das ciências biomédicas para enriquecer e ampliar os horizontes da fé”.

“O Dr. Collins incorpora os ideais e crenças fundamentais que inspiraram meu avô a criar o Prêmio Templeton: que a pesquisa rigorosa, particularmente no campo científico, possa ajudar a humanidade a enfrentar as questões mais profundas e difíceis da existência”, declarou a presidente da Fundação Heather Templeton Dill.

Atualmente, o Dr. Collins está comprometido na luta contra a Covid-19, como ele mesmo explica em uma declaração para a ocasião: “Atualmente, passo todas as minhas horas acordado procurando tratamentos e uma vacina. A elegante complexidade da biologia humana cria constantemente em mim um sentimento de admiração. Ao mesmo tempo choro o sofrimento e a morte que vejo ao meu redor e, às vezes, admito que sou assaltado por dúvidas sobre como um Deus amoroso pode permitir tais tragédias. Mas então recordo que o Deus que foi pregado na Cruz tem uma familiar intimidade com o sofrimento. Aprendo e reaprendo que Deus nunca prometeu nos libertar do sofrimento, mas sim de ser nosso refúgio e nossa força, uma ajuda muito presente nas dificuldades’ (Sl 46)”, afirmou o cientista.

O Prêmio Templeton, cujo orçamento é de 1,1 milhão de libras, recebeu o nome do empresário e filantropo estadunidense John Templeton, falecido em 2008 e que o instituiu em 1972. Entre as pessoas premiadas no passado com o prestigioso reconhecimento estão Santa Teresa di Calcutá, o rabino Jonathan Sacks, Irmão Roger, fundador da Comunidade Ecumênica de Taizé, Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares e rei Abdullah II da Jordânia. (LZ)

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