“O sangue de nosso irmão George clama ao Deus da vida, junto com o sangue de muitos outros irmãos afro de ontem e de hoje”, ressalta a declaração da Comissão para a Vida Religiosa Afro-Americana da Confederação Latino-americana de Religiosos (Clar).
Vatican News
União fraterna aos fiéis afro-americanos, proximidade à família de George Floyd e uma condenação forte do racismo, preconceito e violência. Esses são os sentimentos expressos numa declaração da Comissão para a Vida Religiosa Afro-Americana da Confederação Latino-americana de Religiosos (Clar).
“Muitos cidadãos estadunidenses se sentem feridos e humilhados e próximos aos irmãos afro-americanos naquele país, por causa desses eventos. Todas as mulheres e homens de boa vontade se sentem ultrajados pelo crime sofrido por George Floyd no meio da rua em Minneapolis, uma cidade dos Estados Unidos, país que defende os direitos humanos e condena e pune outros países com medidas econômicas, sobretudo na América Latina e Caribe”, ressalta a nota.
“O sangue de nosso irmão George clama ao Deus da vida, junto com o sangue de muitos outros irmãos afro de ontem e de hoje”, lê-se ainda no comunicado. “Estamos convencidos de que Deus ouve o nosso grito, mas também, como os bispos dos Estados Unidos sublinham, serve uma profunda mudança sistêmica que alcance toda a América e o mundo, onde finalmente abrir espaço para a justiça e a paz. Esta não é uma opção. É uma questão de vida ou morte, como Martin Luther King disse: ‘Ou nos salvaremos juntos ou todos iremos para o fundo’.”
“Como religiosos afro, apoiamos a conversão pessoal, comunitária, social e civil, ou seja, uma mudança de trajeto. Como Jesus, Bom Samaritano, estamos comprometidos em nos tornar vizinhos de nossos irmãos e irmãs de origem africana, especialmente nesta década dedicada às pessoas de descendência africana, conforme proclamado pela ONU para os EUA, Europa e América.”
“Que o Espírito, com a sua força criativa e transformadora, nos convença de que outro sistema, mais justo e equilibrado, é possível e nos comprometa a construir o Reino de Deus de agora em diante nesta humanidade de hoje, a fim de que a morte de muitos George Floyd não seja inútil. Os mártires africanos, os santos afro-americanos e nossos ancestrais nos guiem, junto com Maria, para vencer o ódio e todas as formas de discriminação”, conclui a declaração da Comissão para a Vida Religiosa Afro-Americana da Clar.
Vatican News – RB/MJ