“O flagelo do Covid-19 nos obrigou a viver de outra maneira, mas não menos real, o tempo da Quaresma e da Semana Santa”, escreve o responsável episcopal da Vida Religiosa na Bolívia, dom Carlos Curiel Herrera, exortando religiosos, sacerdotes, diáconos e agentes pastorais a serem “uma presença viva da Igreja nas periferias da existência”.
Cidade do Vaticano
Criatividade e esperança: estas são as duas “chaves de leitura” com as quais olhar para o porvir, a fim de continuar construindo fraternidade e solidariedade, apesar da atual emergência de saúde devido ao coronavírus. As indicações foram dadas pelo responsável episcopal da Vida Religiosa na Bolívia, dom Carlos Curiel Herrera, que numa mensagem exorta religiosos, sacerdotes, diáconos e agentes pastorais a serem “uma presença viva da Igreja nas periferias da existência”, dando prova de “dedicação e testemunho precioso neste tempo de pandemia e levando caridade e amor a quem precisa”.
“O flagelo do Covid-19”, escreve o prelado em sua mensagem, “nos obrigou a viver de outra maneira, mas não menos real, o tempo da Quaresma e da Semana Santa”. Diante da “angústia, incerteza e impotência” causada por essa “dura realidade”, o que fazer? A indicação de dom Curiel é clara: em primeiro lugar, exorta a ser fortes na fé e a não ter medo. “A nossa obra como filhos de Deus, da Igreja é testemunhar que Jesus está entre nós, que Ele ressuscitou, que Deus é a nossa vida e a nossa esperança. Continuemos dando esse testemunho em nossas comunidades”.
Ao mesmo tempo, o prelado louva e encoraja “a criatividade” demonstrada por muitos religiosos, sacerdotes, diáconos e agentes pastorais “no acompanhamento espiritual dos fiéis, o povo de Deus”, porque essa é “a manifestação de uma Igreja em saída, de um presença viva na periferia da existência”. Do mesmo modo, dom Curiel aprecia as muitas expressões de caridade colocadas em prática “através da atenção aos mais necessitados”. “Mesmo se dermos pouco, isso é significativo”, sublinha, “porque temos a força do amor que vem do Ressuscitado e fortalece as nossas energias”. O bispo boliviano recorda as muitas atividades realizadas pela Caritas boliviana e pelas comunidades religiosas locais que “ajudam e acolhem as pessoas mais vulneráveis da sociedade, como detentos, meninos de rua, sem-teto, migrantes e doentes”, oferecendo também apoio psicológico por telefone para aqueles que se sentem emocionalmente provados pela pandemia.
Portanto, nestes tempos difíceis, o apelo é para ser “mais engenhoso a fim de continuar oferecendo apoio misericordioso aos mais vulneráveis: são pequenas carícias do Senhor com as quais estar próximo aos mais fracos”. “Devemos olhar para o porvir com esperança, a Esperança que não decepciona, vendo-o como uma oportunidade de continuar construindo a solidariedade, fortes na fé e na oração”, conclui dom Curiel.