De A a Z: custódio da Terra Santa lança livro com abecedário bíblico

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O Frei Francesco Patton tem divulgado a sua mais recente obra intitulada “Abecedário bíblico”, através das letras do abecedário italiano. O Custódio da Terra Santa procura explicar o valor simbólico de palavras das Sagradas Escrituras através de uma ordem alfabética. “A minha paixão era poder refletir sobre palavras comuns à luz da Palavra com um ‘P’ maiúsculo, que é a Palavra de Deus, e ir descobrir esses significados escondidos, que também é uma maneira de aprender a amar as palavras”, afirmou Frei Patton.

Francesca Sabatinelli, Andressa Collet – Vatican News

Uma coleção de palavras e reflexões ricas de sabedoria, em ordem alfabética e na língua italiana, para apoiar qualquer um que se coloque “em escuta às Escrituras”. Esse é o sentido do “Abecedário bíblico – Nutrir-se das Escrituras de A a Z”, escrito pelo Custódio da Terra Santa, Frei Francesco Patton. A obra foi recém publicada pela Editora Terra Santa e ganhou o prefácio de dom Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém.

A ideia de escrever esta “enciclopédia”, explica o próprio Frei Patton em entrevista ao Vatican News, já estava há muito tempo na gaveta: durante o último verão caracterizado pelo lockdown, o Custódio da Terra pegou o material em mãos, reelaborou e corrigiu o texto para, então, finalmente publicá-lo:

R. – A ideia é muito simples: é aquela de fazer um abecedário, de seguir a ordem alfabética, algo que na Bíblia também se encontra em vários Salmos, nos chamados Salmos Alfabéticos. Depois, pegar uma palavra para cada letra do abecedário italiano, desenvolvendo o significado simbólico que essa palavra tem dentro das Sagradas Escrituras.

E aí surge, então, um caminho que vai de A, como água, a Z?

R. – A palavra “água” é uma palavra fundamental na Bíblia, porque já é encontrada no Gênesis quando Deus separa as águas, e depois na história de Noé, a travessia do Mar Vermelho, e ainda no tema batismal, quando o próprio Jesus entra nas águas do Jordão. É, portanto, um desenvolvimento, por assim dizer, de reflexão sobre o símbolo da água, também como uma entrada na vida cristã. Depois, obviamente, as palavras se sucederam para o ‘B’, que eu peguei a palavra ‘barco’, que me parece muito significativa nestes tempos. Inclusive o Papa Francisco, naquela extraordinária oração noturna feita no Vaticano, parou para refletir sobre o tema do barco, sobre o fato de que estamos todos no mesmo barco (oração pela pandemia de 27 de março deste ano), o barco que é também o símbolo da Igreja. Depois o “C”, para “lar”, e assim por diante. É claro, quando se escolhe uma palavra por letra, exclui-se outras, que talvez sejam também muito importantes, mas que já ganharam reflexões em outras ocasiões. Minha paixão era poder refletir sobre palavras comuns à luz da Palavra com um ‘P’ maiúsculo, que é a Palavra de Deus, e ir descobrir esses significados escondidos, que também é uma maneira de aprender a amar as palavras. Nós somos feitos de palavras e a Palavra de Deus, no livro do Gênesis, nos diz que fomos criados com um: “E Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem, à nossa semelhança’.”

Quando se trata de Jesus, o senhor o coloca sob “pastor”, “cordeiro”, “vidas”, “cruz”, como o senhor indica?

R. – Eu diria que Jesus está presente em todas as 21 palavras, no sentido de que eu parto das palavras, do significado que elas têm, desenvolvo um pouco o significado que está dentro da Bíblia, e depois sempre me refiro ao que é também o relato evangélico e, portanto, a Jesus. Assim, na realidade, Jesus está presente de A a Z.

Gostaria de citar as palavras de dom Pizzaballa, que é o autor do prefácio, quando diz que esta obra é realmente uma enciclopédia, pequena, mas é uma enciclopédia, que com a sua originalidade e sabedoria evangélica envolve aqueles que leem a partir das primeiras linhas…

R. – A linguagem que tentei usar é uma linguagem popular, por isso evitei fazer notas, de colocar citações bibliográficas – e isso eu declaro desde o início. É difícil julgar o próprio trabalho, mas a impressão que eu tive é que é algo que se pode realmente com prazer e que pode servir por curiosidade de alguém, para fazer dar vontade de ler inclusive outras palavras, aprofundar outras palavras. É também uma proposta para um método de leitura: partir das palavras para descobrir o profundo significado que têm em nível humano, mas depois chegar ao significado que têm dentro da Palavra de Deus.

A obra de Frei Francesco Patton, em língua italiana




A obra de Frei Francesco Patton, em língua italiana

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