O país comemora 199 anos de independência nesta terça-feira, dia 15 de setembro, data de conclusão da Semana de Oração pela Nicáragua convocada pelos bispos. Já a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Manágua reitera que o dia seja celebrado em paz, com respeito aos símbolos patrióticos: “hoje, com tristeza, vemos que são profanados e manipulados a tal ponto que a distribuição da bandeira azul e branca se tornou um crime”.
Andressa Collet – Vatican News
A Semana de Oração pela Nicarágua termina nesta terça-feira (15), Dia da Independência do país. Para a data, em calendário organizado pela Conferência Episcopal do país, a comunidade católica está sendo convidada a rezar a Meditação das 7 Dores da Santíssima Virgem Maria pelos que sofrem, pelos perseguidos e encarcerados.
Dia da Pátria: 199 anos
Uma mensagem da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Manágua também foi divulgada aos fiéis e à população do país pelos 199 anos da independência da Nicarágua. Em nota, a rejeição à profanação e à manipulação dos símbolos patrióticos, porque a Independência e o Hino Nacional continuam sendo ideais para o povo nicaraguense que, no mês da Pátria, voltou ao contemplar a dor, o sofrimento e o exílio dos irmãos.
A mensagem pede o respeito a símbolos que são venerados desde a infância, como a bandeira e o escudo: “hoje, com tristeza, vemos que esses símbolos são profanados e manipulados caprichosamente a tal ponto que a distribuição da bandeira azul e branca se tornou um crime”, explica a nota.
A Igreja também reitera que é urgente começar a tomar “medidas eficazes” para garantir que os cidadãos possam se integrar livremente em organizações, políticas ou sociais, que lhes permitam ter acesso à tomada de decisões que envolvam e afetem o destino do país: “o primeiro passo, é claro, é que eles possam fazê-lo livres de pressões ou ameaças dos grupos no poder. Eles devem gozar de proteção legal e dos meios para se proteger dessas pressões”.
Enfim, a nota afirma que “a pátria não é uma ‘massa’ amorfa de indivíduos. Esta terra viu nascer todos os membros de um povo que vive e se move com as suas próprias vidas. Não podemos ser empurrados para fora como um brinquedo fácil nas mãos daqueles que exploram nossos instintos e emoções”. Neste novo aniversário, a Igreja da Nicarágua confia o país à Mãe Dolorosa que acompanhou Jesus no caminho da Cruz, para que ela também a acompanhe neste “doloroso caminho até a ressurreição”.
Vatican News – ATD