Dia Mundial do Migrante: os deslocados no próprio país estão no coração do Papa

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Francisco, desde maio, quando divulgou a mensagem intitulada “Forçados, como Jesus Cristo, a fugir”, encorajou a Igreja no mundo inteiro e as pessoas de boa vontade para um período de conscientização e sensibilização sobre o fenômeno da migração. Neste ano, em especial, a situação dos deslocados internos. Neste domingo (27), Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, o Papa saudou quem se compromete pela causa e lembrou do monumento especial que ele mesmo abençoou um ano atrás, na Praça São Pedro, que procura recordar a todos o desafio evangélico da acolhida.

Andressa Collet – Vatican News

Neste domingo, 27 de setembro, a Igreja celebra o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. O Papa Francisco, desde maio, quando divulgou a mensagem intitulada “Forçados, como Jesus Cristo, a fugir”, encorajou para um período de conscientização e sensibilização para o fenômeno dos deslocados internos. 

Ao final da Oração Mariana do Angelus, direto de uma Praça São Pedro repleta de peregrinos e em meio a uma chuva forte, o Pontífice saudou as comunidades empenhadas no cuidado pastoral e deslocados presentes e próximos a um monumento especial, que procura recordar a todos o desafio evangélico da acolhida:

“Saúdo os refugiados e migrantes presentes na praça ao redor do monumento intitulado ‘Anjos sem saber’ (cf. Heb 13:2), que eu abençoei um ano atrás. Este ano quis dedicar minha mensagem aos deslocados internos, que são forçados a fugir, como aconteceu também com Jesus e a sua família. ‘Como Jesus, forçados a fugir’, o mesmo acontece com os deslocados, os migrantes. A eles, de maneira especial, e àqueles que os assistem, vai a nossa recordação e a nossa oração.”

O monumento na Praça São Pedro

O tema do monumento que fica na Praça São Pedro  faz referência à Carta aos Hebreus, que diz: “Não vos esqueçais da hospitalidade, pela qual alguns, sem o saberem, hospedaram anjos.” (Heb 13,2). A escultura, criada pelo artista canadense Timothy Schmalz, é feita em bronze e argila e, segundo o próprio Pontífice quando abençoou a obra um ano atrás, “retrata um grupo de migrantes de várias culturas e diferentes períodos históricos. Eu desejei essa obra artística aqui na Praça São Pedro para que recorde a todos o desafio evangélico da acolhida.”

“Angels Unwares”, realizada em tamanho natural, retrata um grupo de migrantes e refugiados, provenientes de diferentes contextos culturais e raciais e também de diferentes períodos históricos. Eles estão colocados lado a lado, ombro a ombro, em pé sobre uma espécie de balsa, com os rostos marcados pelo drama da fuga, do perigo e do porvir uvidoso. Em meio a esta multidão heterogênea de pessoas,  se sobressaem as asas de um anjo, como que sugerindo uma presença sagrada e protetora entre eles.

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