Entre outros desafios apontados pelo Sínodo, encontra-se também a questão econômica: o convite dos Padres Sinodais é o de investir tempo e recursos nos jovens com a proposta de oferecer-lhes um período ao amadurecimento da vida cristã adulta, que “deveria prever uma separação prolongada de ambientes e relações habituais”.
Além disso, enquanto se faz votos de um acompanhamento antes e depois do casamento, se encoraja a criação de equipes educativas, que incluam figuras femininas e casais cristãos, para a formação de seminaristas e consagrados, também com o objetivo de superar tendências ao clericalismo. Atenção especial é pedida à acolhida dos candidatos ao sacerdócio, que às vezes ocorre “sem um conhecimento adequado e uma releitura aprofundada da própria história”: “a instabilidade relacional e afetiva, e a falta de raízes eclesiais são sinais perigosos. Negligenciando a normativa eclesial a este respeito, constitui um comportamento irresponsável, que pode ter consequências muito graves para a comunidade cristã”.
Segundo o Documento, “as diversidades vocacionais inserem-se no único e universal chamado à santidade. Infelizmente o mundo está indignado com os abusos sexuais de algumas pessoas da Igreja, antes que animados pela santidade de seus membros”. Por isso, a Igreja é chamada a “uma mudança de perspectiva”: por meio da santidade de tantos jovens dispostos a renunciar à vida em meio a perseguições para permanecerem fiéis ao Evangelho, ela pode renovar seu ardor espiritual e seu vigor apostólico.
Por fim, como recordação do Sínodo dos Jovens, o Papa Francisco deu a todos os participantes uma placa de bronze, com um baixo-relevo representando Jesus e o jovem discípulo amado. É uma obra do artista italiano Gino Giannetti, cunhada pela Casa da Moeda do Estado da Cidade do Vaticano, emitida em apenas 460 exemplares.