Dom Eduardo Malaspina a evangelização em sua diocese de Itapeva

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São 450 grupos Barnabé envolvendo mais de 5.000 pessoas. O seu livro “Edificando Redes de Esperança” aborda a experiência de pequenos grupos missionários que permitem a partilha da fé e a multiplicação de lideranças na comunidade.

Silvonei José – Vatican News

Recebemos nos estúdios da Rádio Vaticano – Vatican News, dom Eduardo Malaspina, bispo de Itapeva, São Paulo. Na conversa conosco, dom Eduardo falou da felicidade de passar pela Porta Santa neste Jubileu de Esperança. “Fizemos uma peregrinação muito bonita aqui”, disse ele.

Como é que está sendo vivido o Jubileu na sua diocese? “Estamos muito empolgados na diocese porque o povo está muito animado. Nós temos 5 foranias, cada forania tem 1 igreja que o povo vai pra participar das celebrações, eu estou sempre conduzindo as pessoas; teve também o jubileu da juventude da família, lindo lindo. Depois também teve os jubileus com os catequistas, foi uma maravilha, os catequistas realmente estão de parabéns”.

Eles no Brasil, são um exército, eles evangelizam.São um grande exemplo. Nossa mãe, é uma coisa linda, eles são todos muito bem organizados entre eles. Tem uma maturidade catequética que é impressionante”.

Vejos nos catequistas doação, serviço, a felicidade de poder comunicar a fé. “Sim, porque eu penso que evangelizar é isso, testemunhar com felicidade o amor de Deus que se manifesta na pessoa de Jesus Cristo. E se você for uma pessoa com cara de sexta-feira santa, como dizia o Papa Francisco, cara de limão azedo, não evangeliza criança e adolescente, adultos. Aqueles que se aproximam, precisam ter realmente essa essa felicidade”.

Falando de evangelização, o senhor publicou livro, Edificando Redes de Esperança, Pequenos Grupos, uma Grande Missão. E começa justamente nesse seu livro falando sobre evangelização, uma boa nova. Do que que trata dom Eduardo? “Na verdade, nós estamos fazendo uma experiência na diocese de Itapeva que são pequenos grupos de partilha da palavra, são grupos que a gente está chamando lá de grupos de Barnabé, que são grupos missionários também, quer dizer, na prática, a gente vive a palavra, partilha a palavra, mas também, e é a grande sacada, deixar-se achar com Jesus Cristo e anunciá-lo. Jesus é a boa nova, o Evangelho de Deus para todos nós, para a humanidade. Então, esses pequenos grupos são o processo bonito de células, células paroquiais católicas de evangelização, em que as pessoas, de 15 em 15 dias, mas pode ser também toda semana, se encontram em torno da Palavra, redescobrindo a missão de ser igreja e vão ao encontro das pessoas nessa dimensão da missionariedade. É realmente algo transformador para as pequenas comunidades”.

E qual é o retorno? Quer dizer qual é a a resposta a isso? “A resposta na diocese basicamente tem sido muito grande, no sentido de que nós estamos divididos tudo por forania, como são as 5 foranias, cada uma tem gente que trabalha com os líderes e líderes auxiliares, esse é o grande gancho. Porque o padre numa paróquia de 10, 15, 2.000 habitantes, ele é o pastor, mas o pastoreio ele tem, na verdade, compartilhar. Ele compartilha com quem? Com os líderes e líderes auxiliares, com aqueles que estão mais próximos das pessoas. Acontece uma coisa ou outra, o líder já sabe, o líder, se ele consegue resolver ele resolve, porque o padre coitado, ele não consegue. Então, na verdade é uma rede de ajuda na liderança e na evangelização”.

É o princípio da sinodalidade e da subsidiariedade. “Justamente, é por aí o caminho. E aí, a gente forma esses líderes, e quando o líder auxiliar, quando o líder auxiliar está formado, a célula, esse grupo, se multiplica. Então de 12 vai para 6 e 6 para cada lado, eles rezam para que venham mais 6, se tornem 12, e ela vai se multiplicando. E aqueles que estão participando das células, desses grupos de Barnabé, eles estão sendo também moldados pela palavra, evangelizados, e se tornam evangelizadores também. E essa dinâmica de pequenos grupos dá rosto, dá história, dá identidade para as pessoas e para a missão também. Porque numa comunidade tem lá, 5.000 pessoas que participam, mas as pessoas nem se conhecem, não tem jeito de partilhar a vida. Com o padre eles querem partilhar, mas o padre coitado está só. Então os pequenos grupos são uma partilha de vida e isso toca profundamente as pessoas. A partir disso Silvonei, nós fizemos lá 450 grupos de Barnabé, envolvemos mais de 5.000 pessoas, e agora eu escrevi livro justamente para edificar esses grupos e essas redes que se tornaram realmente uma verdadeira rede. Então pequenos grupos, uma grande missão.

Eis a íntegra da entrevista com dom Eduardo:

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