Dom Gallagher: viver em tempos de crise ajuda a fazer escolhas

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Em sua homilia, proferida na Basílica Romana dos Santos XII Apóstolos, dom Gallagher citou o exemplo do falecido cardeal Agostino Casaroli que contribuiu para as boas relações com a Romênia: “Na perspectiva cristã, a ideia do encontro com Deus é um elemento decisivo para as decisões morais”.

Tiziana Campisi – Vatican News

Os romenos, residentes em Roma, reuniram-se, neste dia 25 de novembro, festa Nacional da Romênia, na Basílica romana dos Santos XII Apóstolos, para uma Missa de ação de graças pelo país. Durante a celebração litúrgica, Dom Paul Richard Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados e Organismos Internacionais, Secretário para as Relações com os Estados e Organismos Internacionais, transmitiu aos fiéis presentes a saudação e Bênção do Papa Francisco, que fez uma Visita Apostólica ao país, em 2019, que teve como lema: “Caminhar juntos e unidos para a construção de uma sociedade inclusiva”.

Cardeal Casaroli e Relações diplomáticas com a Romênia

Em sua homilia, o Arcebispo Gallagher quis recordar a figura do Cardeal Agostino Casaroli, sepultado naquela antiga Basílica, de onde era Cardeal titular, então diplomata da Santa Sé, que se distinguiu por sua clarividência e contribuiu para as boas relações com a Romênia.

Segundo o Arcebispo Gallagher, o Cardeal Agostino Casaroli, que prestou serviço diplomático, durante o pontificado de João XXIII e Paulo VI, e Secretário de Estado de João Paulo II, foi um arquiteto da chamada “Ostpolitik” da Santa Sé, uma política de abertura cautelosa aos países comunistas da Europa Oriental.

Por outro lado, o Arcebispo reiterou as palavras do Papa Francisco, durante o último Consistório de 27 de agosto, sobre o Cardeal Agostino Casaroli: “célebre por sua visão aberta em apoiar, mediante um colóquio sábio e paciente, os novos horizontes da Europa, após a Guerra Fria. Que Deus não permita à miopia humana voltar a fechar os horizontes que ele abriu! Em sua vida, ele fez da sua grande diplomacia o martírio da paciência”.

Projetados para uma nova vida em Deus

Ao comentar as leituras da liturgia, sobre a destruição e o fim do mundo e a esperança do início do Reino de Deus, o Secretário para as Relações com os Estados destacou: “A experiência da pandemia e a eclosão da guerra na Ucrânia, com suas múltiplas e ameaçadoras consequências no mundo, levam-nos a refletir sobre a fragilidade da vida terrena e a fugacidade da segurança humana. Esta reflexão leva-nos a pensar no fim da nossa existência, mas também aos ensinamentos da fé cristã: uma nova vida em Deus, que deve tornar as pessoas responsáveis pelos dias de hoje”.

Dom Paul Richard Gallagher frisou ainda, em sua homilia, que quanto mais nos confrontarmos com a transitoriedade, mais podemos melhorar, como cristãos. Precisamente por esta consciência de fim de vida, na perspectiva cristã, devemos buscar soluções, na vida diária e diplomática, cuja responsabilidade, diante de Deus, se torna elemento decisivo para as decisões morais.

Invocar a proteção de Maria pela Paz no mundo

Ao término da sua homilia, Secretário para as Relações com os Estados e Organismos Internacionais referiu-se ao iminente tempo de Advento, que está para começar, exortando todos a dirigir o olhar a Maria: “Ela, que nos convida a preparar a vinda do Senhor, como o fez, coloque sob a sua proteção a Romênia e o mundo inteiro e, por sua intercessão, conceda a paz à Ucrânia e todos os países que sofrem, por causa da guerra”.

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