No dia 29 de novembro de 2023, em assembleia geral específica para o processo eleitoral, a Academia Brasileira de Hagiologia (ABRHAGI) elegeu sua nova diretoria para o biênio 2024-2025.
Vatican News
A diretoria da Academia Brasileira de Hagiologia (ABRHAGI) é formada por sete funções: presidente, vice-presidente, secretário geral, primeiro secretário, tesoureiro, primeiro tesoureiro e relações públicas. A composição da nova diretoria ficou assim composta: Presidente: Ir. André Alves dos Santos, OSB, natural de Itabaiana – Sergipe, monge beneditino Valombrosano, do Mosteiro de São João Gualberto, em São Paulo, licenciado em Filosofia e Bacharel em Teologia. Criador e administrador do Santoral Virtual – O Santo do Dia. É o primeiro religioso a ser eleito presidente da ABRHAGI.
Vice-presidente: Vanilo Cunha de Carvalho Filho, advogado especialista em Direito Constitucional, mestre em Negócios Internacionais, escritor, humanista e presidente da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, da CNBB.
Secretário Geral: Pe. Francisco Alves Magalhães, presbítero da Diocese de Sobral, no Estado do Ceará. Formado em Filosofia e Teologia, possui especialização em Epistemologia da Ciência, Espiritualidade Teresiana, para formador de seminário, espiritualidade e orientação espiritual. Atualmente é Secretário Executivo do Regional Nordeste 1, da CNBB.
Primeiro Secretário: Prof. Dr. José Pereira da Silva, Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Licenciado em História e Filosofia, Bacharel em Teologia, pós-graduação em Psicanálise, pós-graduação em Antropologia Teológica, Ciências da Religião, Psicologia Pastoral. Exerce a atividade de professor, jornalista, escritor, historiador e teólogo.
Primeiro Tesoureiro: Luciano Dídimo Camurça Vieira, poeta e escritor, servidor público federal, graduado em Administração e em Direito, membro da Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares, da Academia de Ciências, Letras, Artes e Ofícios de Pindoretama, da Academia de Letras dos Municípios Cearenses, da Academia Fortalezense de Letras, da Associação Nacional dos Escritores (ANE) e presidente do Instituto Horácio Dídimo. Desde 2020 é o presidente da ABRHAGI.
Primeiro Tesoureiro: José Vasconcelos Arruda Filho (Vasco Arruda), é graduado e licenciado em Psicologia, possui pós-graduação em Mariologia, pela Academia Marial de Aparecida e Faculdade Dehoniana de Taubaté. É autor do blog Sincronicidade.
Relações Públicas: Nahor Lopes de Souza Júnior, mestre em Filosofia, pós-graduado em Direitos Humanos e Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia.
Qual a finalidade da Academia Brasileira de Hagiologia?
A Academia Brasileira de Hagiologia é uma academia dedicada ao estudo da hagiologia, ou seja, dos santos, candidatos à honra dos altares. Estuda a santidade e o significado dos santos para o anúncio de Jesus Cristo. Oferece estímulo para venerar os santos inserindo-os sempre no mistério pascal. Procura dar impulso ao culto dos santos.
Como disse o teólogo Hans Urs von Balthasar: “ Os santos da Igreja são o comentário mais relevante do evangelho, porque são a interpretação encarnada da palavra encarnada de Deus e portanto são realmente uma via de acesso a Jesus”.
O Concílio Vaticano II na Constituição Lumen Gentium capítulo 5, fala da vocação universal à santidade. Todo cristão é chamado à santidade. A vocação à santidade consiste na capacidade de responder ao apelo divino por meio da vivência evangélica do próprio estilo de vida (LG 39). Em Cristo o cristão participa já agora da “herança dos santos” (Cl 1,12; Ef 1, 18; 2Ts 2, 14). A santidade é ao mesmo tempo dom e dever e é continuamente exercida no seguimento de Jesus.
Quando foi fundada a Academia Brasileira de Hagiologia?
A Academia Brasileira de Hagiologia foi criada em 8 de dezembro de 2004, ano do 150 aniversário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição e do 100 aniversário da coroação de Nossa Senhora Aparecida.
Fundada por iniciativa dos advogados e escritores Matusahila Santiago e José Luís Lira, após criarem a Academia Fortalezense de Letras, acompanhados da desembargadora Gizela Nunes da Costa fundaram a Academia Brasileira de Hagiologia (ABRHAGI).
Na ocasião não existia no Brasil uma academia dedicada a hagiologia. Alguns afirmam que a Academia Brasileira de Hagiologia foi a primeira do mundo.
Atualmente a Academia realiza a cada dois anos o Congresso Brasileiro de Hagiologia, publica uma revista e realiza mensalmente palestras sobre os santos.
Qual a importância dos santos para a Igreja?
Segundo o Presidente eleito (2024-2025) Ir. André Alves dos Santos, “quem deseja compreender a Igreja, precisa conhecer os seus santos, pois a santidade é a dimensão que melhor exprime o seu mistério. Assim como homens e mulheres ao longo dos séculos seguiram a Cristo e se santificaram, todas as vezes que a Igreja canoniza um dos seus filhos, ela quer ensinar que a santidade está ao alcance de todos. Quando a Igreja celebra os seus santos, ela celebra as grandezas de Deus, Santo e fonte de toda a santidade, e admirável nos seus santos”.
A respeito dos santos na história Igreja no Brasil o Ir. André comenta: “Nos últimos anos a Igreja no Brasil vem despertando para o culto e as causas aos seus santos através da publicação de biografias, construção de igrejas dedicadas aos santos e beatos brasileiros e divulgação de suas vidas e a abertura de novas causas. Todavia, ainda faltam pessoas capacitadas para o árduo trabalho que uma causa exige. Muitos dos veneráveis e servos de Deus brasileiros ainda são desconhecidos até mesmo nas dioceses em que viveram e famílias religiosas que faziam parte. Além de ter santos, o Brasil precisa conhecer os seus candidatos aos altares, os seus heróis da fé”.
O Ir. André conclui expressando a importância da Hagiologia que “vem despertando interesse nos últimos tempos. Isto é uma ocasião oportuna para descobrir a importância que os santos exercem na formação cultural, como foram capazes de intervir em momentos específicos da história, como nunca ficaram apáticos diante dos problemas, que não foram apenas homens e mulheres que agradaram a todos, mas que se arriscaram, inovaram, recuaram quando era preciso, que também pecaram, que muitos deles passaram profundo processo de crise e conversão, mas que consumiram suas vidas não por ideias, mas pela pessoa de Jesus Cristo”.
É preciso lembrar sempre as palavras de São João Paulo II: “ O Brasil precisa de santos”.