Karina de Carvalho é assessora de imprensa do Regional Sul 2 da CNBB, que encerra nesta quinta-feira a visita ad Limina Apostolorum. Em audiência com o Papa na segunda-feira, o Pontífice elogiou a presença de uma mulher entre os bispos.
Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano
Encerra-se esta quinta-feira (27/02) a visita ad Limina do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
O último evento deveria ter sido a celebração da missa nas Catacumbas de Domitila, mas estavam fechadas devido à emergência do coronavírus. Os bispos então celebraram na capela do Colégio Pio Brasileiro, onde estão hospedados.
Durante dez dias, os bispos brasileiros cumpriram uma intensa agenda de visitas aos Dicastérios da Cúria Romana e peregrinações. A comitiva era formada por 22 prelados, três sacerdotes e uma mulher, Karina de Carvalho, assessora de imprensa do Regional.
Foi justamente a presença de Karina que chamou a atenção do Papa Francisco na segunda-feira (24/02), por ocasião da audiência com o Pontífice.
A importância da assessoria de imprensa
Karina conta que os bispos começaram a preparar a visita ad Limina no ano passado e pensaram em trazer a assessoria de imprensa, já que uma das orientações do diretório para essas visitas é envolver todo o povo de Deus na preparação e também durante a realização, para que todos os fiéis possam acompanhar o evento.
Durante a Assembleia do Regional em setembro passado, os bispos votaram e aprovaram a decisão de levar com eles o assessor de imprensa.
Durante estes dez dias, Karina preparou diariamente material para as televisões e rádios paranaenses, assim como conteúdo para as redes sociais, alimentando os canais das dioceses.
Sem as mulheres, a Igreja desmorona
Desde o início do seu pontificado, o Papa Francisco insiste na presença de mulheres em vários níveis de decisão na Igreja.
Na Exortação Apostólica pós-sinodal “Querida Amazonia”, o Pontífice voltou a reafirmar o papel das mulheres, ao recordar que elas têm “uma incidência real e efetiva na organização, nas decisões mais importantes e na guia das comunidades, mas sem deixar de o fazer no estilo próprio do seu perfil feminino”.
Sem clericalizá-las, “as mulheres prestam à Igreja a sua contribuição segundo o modo que lhes é próprio e prolongando a força e a ternura de Maria, a Mãe”. Sem as mulheres, escreve o Papa neste documento, a Igreja “desmorona”.