Quem caminha com a Comunidade e quem é deixado à margem? As pessoas que fazem parte da Igreja são apresentadas em dois grupos. O primeiro é o das pessoas cujos vínculos afetivos e sociais são próximos: os familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, pessoas de boa vontade que buscam o bem-comum e que defendem a nossa lar Comum. O segundo grupo é o das pessoas ligadas à Igreja: a juventude atuante, membros das Comunidades, o clero, seminaristas, lideranças leigas, cristãos que buscam a formação contínua, as equipes litúrgicas e seus ministérios, as congregações religiosas, as comunidades abertas ao caminho sinodal.
Outros são deixados para trás. Um grupo ainda mais próximo da Igreja é composto das pessoas insatisfeitas, decepcionadas com algum aspecto da Igreja; os que, conscientemente, decidiram partir; os que não se comprometem com a Igreja; os que não conseguem acompanhar a complicada estrutura da Igreja; as mulheres, que são a maioria, porém pouco ouvidas; jovens e adolescentes; crianças que estão fora da catequese; pessoas que já foram membros atuantes, mas que, uma vez idosas, são esquecidas; anônimos que participam da paróquia; os esquecidos na pandemia; viúvos e viúvas; idosos; enfermos; órfãos; recém-casados; casais em segunda união; divorciados; padres fora do exercício do ministério; protestantes; indiferentes à religião e ateus.
O segundo grupo diz respeito aos deixados para trás, por questões sociais diversas. Muitos participam das Missas e buscam os Sacramentos, mas não se engajam na caminhada eclesial. São eles: moradores em situação de rua, presidiários e familiares, profissionais do sexo, empobrecidos, marginalizados, dependentes químicos, deficientes físicos e psíquicos, pessoas de baixa renda, analfabetos, mães solo e pessoas que divergem em opiniões políticas. Muitos são deixados, por relações fragilizadas, por grupos fechados e dificuldade de acolhida ao novo, falta de comprometimento de alguns e fechamento de outros. Há dificuldade, em acolher novos dons a serem colocados a serviço, quer por desinteresse quer por resistência.