Jesus era sempre atento à realidade. Porém, no processo de escuta, em nossas dioceses, ouvimos que nem todos querem, ou não se sentem atraídos, pela forma de celebrar. As celebrações se tornam ritualistas, dificultando a participação. O ritual é fixo, havendo necessidade de se adaptar à forma de celebrar ou de se manifestar para a Comunidade, em diferentes assembleias. Falta uma linguagem própria para crianças, adolescentes e pessoas adultas. A falta de preparação prejudica o envolvimento profundo da Comunidade.
Faltam subsídios, materiais, catequese litúrgica para o povo e atualização para o Clero. Há celebrações que não contribuem, para que a assembleia consiga mergulhar no mistério, e fazer a conexão entre fé e vida. Acústica ruim dos templos compromete as celebrações. As reflexões, distantes da vida do povo, se resumem às leituras bíblicas e homilias instrumentalizadas pelo celebrante. As celebrações nem sempre, ocupam o espaço devido em nossas vidas. Existem aqueles que vão à igreja, mas não colocam em prática os ensinamentos; e demonstram certa falta de interesse, de se envolver na liturgia. Muitos buscam um sacramento por costume ou tradição, e não se comprometem com a missão. Em muitos, faltam inspiração, espiritualidade.
Surgiram também alguns acenos para melhorar: que os líderes sejam mais humildes, e tenham disposição e felicidade em servir; que haja abertura dos corações aos fiéis, que se afastam, por desconhecerem a doutrina da Igreja, ou por considerarem-na rígida, e procuram outras denominações religiosas. É preciso formação permanente. Para sermos discípulos, precisamos apressar os passos, porque o caminho é longo, e falta maturidade de fé, para se sentir Igreja. As celebrações precisam ser atrativas, mistagógicas e conectadas à nossa realidade. As homilias devem ser bem preparadas, mais catequéticas e menos doutrinárias. Celebrações mais próximas da realidade, em diversos horários, e adaptadas às diferentes assembleias.