Faleceu em 1930 deixando um imenso legado cultural a Cabo Verde, ao ponto de o país ter escolhido a data do seu nascimento (18 de outubro) para Dia Nacional da Cultural e das Comunidades. Eugénio Tavares foi um homem comprometido com a elevação da sua Pátria. Isto trouxe-lhe dissabores políticos e teve de fugir para os Estados Unidos, onde fundou o jornal “Alvorada”. A sua literária inclui poesia, contos, ensaios, e letras das mais célebres mornas de Cabo Verde.
Dulce Araújo – Vatican News
Não se pode falar de Cabo Verde sem falar de Eugénio Tavares. O veículo mais imediato para o conhecer é a música, mormente as mornas por ele compostas e que ainda hoje andam na boca dos e das maiores interpretes do país.
Mas quem tiver a oportunidade e o desejo de aprofundar um pouco mais o seu conhecimento – como procuramos fazer no número de “África em Clave Cultural: personagens e eventos” desta semana, com o auxílio da crónica do editor (Rosa de Porcelana Editora), Filinto Elísio, e da Professora Maria da Graça Gomes de Pina, Leitora de Português na Universidade L’Orientale de Nápoles – fica a saber que a sua obra vai muito para além das composições musicais, abrangendo poesia, contos, ensaios, jornalismo e que o seu empenho sociopolítico por um Cabo Verde melhor e autónomo em relação à metrópole colonial foi marcante. Ele foi também um homem sensível e romântico.
Em fim, uma personalidade cimeira da caboverdianidade como se intitula a crónica do também poeta e ensaísta, Filinto Elísio. Já a Professora Maria Graça Gomes de Pina, autora de uma publicação, em italiano, sobre Eugénio Tavares, conta um interessante episódio do caminho que a levou ao conhecimento desse intelectual, seu conterrâneo.
Os pormenores podem ser apreciados no programa.