Fevereiro é o mês da história dos negros africanos no mundo – Black History Mounth, na expressão inglesa. Foi lançado em 1926 pelo historiador afro-americano. Carter Woodson (1875-1950) preocupado com a não valorização da história dos negros e do seu contributo à evolução da humanidade. Diversas as iniciativas para assinalar este mês em várias partes do mundo. Assinalamos aqui uma relacionada com o cinema.
Dulce Araújo – Vatican News
Está para ter lugar, on line, neste dia 25 de fevereiro, a projeção e debate com os realizadores de duas curtas-metragens: “American Justice Trial”, de Andrew Abrahams e Herb Ferrette; e “Zohar “who is who” da marroquina, Asmaa El Mouttabi. Já ontem, 24/2, foi projetado o filme “The Passage” de Davi Massey; três filmes (dois dos Estados Unidos e um do Marrocos) sobre temáticas relacionadas com os africanos e afrodescendentes e com os quais a equipa do DIFF, Djarfogo International Film Festival, com sede em Los Angeles, quer assinalar o Black History Month – explicou ao Programa Português da Rádio Vaticano, Gueny Pires, um dos fundadores do DIFF.
O mês de fevereiro foi escolhido para Black History Month, por ser o mês do aniversário de Abraham Lincoln e de Frederick Douglass, duas figuras importantes na história dos negros nos Estados Unidos.
Desde o seu início o Black History Mouth pôs a tónica no encorajar ao ensino coordenado da história dos negros nas escolas públicas dos Estados Unidos, pois Woodson considerava isto indispensável para a sobrevivência física e intelectual dos Negros naquela sociedade.
O interesse pelo Black History Mouth foi crescendo e foi sendo abraçado por políticos e muitos educadores progressistas. Mais tarde estendeu-se também ao Canadá, à Inglaterra, à Itália, entre outros países. Também a UNESCO tem promovido iniciativas neste sentido. Em 2018, por ex., organizou, em parceria com o Canadá, uma série de eventos sob o tema “História Geral da África, História da Humanidade”. Objetivo: sensibilizar as instituições de educação, mas também o público em geral, para a necessidade de ensinar a História da África nas escolas, universidades, e outras instituições de educação, com base na História Geral da África, oito volumes publicados pela própria UNESCO entre 1964 e 1999 e que têm vindo a ser enriquecidos com mais três volumes de atualização.
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No que toca ao DIFF, de salientar que tem já em agenda de 8 a 11 de novembro de 2023, na capital caboverdiana e na ilha do Fogo, a 3ª edição deste Festival. Gueny Pires anuncia os passos de preparação em curso e as mudanças e novidades que haverá em relação às edições precedentes.
Quanto ao FESPACO que inicia neste dia 25 de fevereiro em Ouagadougou, no Burkina-Faso, Gueny Pires frisa que a equipa do DIFF não vai estar fisicamente presente, mas os contactos em jeito de parceria entre os dois festivais estão encetados, assim como também com parceiros doutros horizontes.