Na homilia – pronunciada com palavras improvisadas – da missa deste sábado (26) ao Corpo da Gendarmaria, na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco afirmou que a autoridade está no serviço feito com o coração. O Pontífice direcionou a sua mensagem naquele que considera um “caminho que Deus escolheu em Jesus Cristo para nos perdoar, para nos converter”, ou seja, o caminho do serviço: “seguindo o seu modelo, nunca se erra”.
Elvira Ragosta, Andressa Collet – Vatican News
O Papa Francisco presidiu no final da tarde deste sábado (26) a Santa Missa para o Corpo da Gendarmaria do Vaticano, por ocasião da festa do padroeiro e protetor, São Miguel Arcanjo, comemorada no próximo dia 29 de setembro, de celebração litúrgica dos santos Miguel, Gabriel e Rafael. Prevista para ser celebrada na Gruta de Lourdes, dentro dos Jardins do Vaticano, a cerimônia foi transferida para a Basílica de São Pedro, devido à chuva.
Na homilia, pronunciada com palavras improvisadas, o caminho que o Pontífice indicou foi o do serviço, que é humilde, próximo e fraterno. “Toda vez que vocês forem servir”, disse Francisco, “imitem Jesus Cristo. Cada vez que vocês derem um passo para colocar ordem, pensem que estão fazendo um serviço, estão fazendo uma conversão, que é serviço. E na maneira como vocês irão fazer isso, farão o bem aos outros”.
O caminho da conversão
O serviço, explicou, então, o Papa, é o caminho da conversão. Referindo-se às leituras deste domingo (27), Francisco enfatizou que a conversão é um abraço com Deus, um caminho de encontro mútuo em que se realiza o que Jesus conta do pai com o filho pródigo. Um vai ao encontro do outro: de um lado há quem deixa tudo por um abraço, do outro há quem que não se sente punido, mas bem-vindo e perdoado.
O caminho é esse, afirmou Francisco, ao concluir com um agradecimento pessoal ao Corpo de Gendarmaria:
As funções do Corpo da Gendarmaria
No Estado da Cidade do Vaticano, as funções de ordem pública, segurança e polícia judiciária são delegadas ao Corpo da Gendarmaria, fundado há dois séculos e denominado “Corpo Pontifício Carabinieri”, pelo Papa Pio VII no longínquo 1816, com a restauração do Estado Igreja, na sequência do Congresso de Viena, após a queda do Império Napoleônico.