Guiné-Bissau capacita mulheres na prevenção do radicalismo violento

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Na Guiné-Bissau, uma sessão de formação de dois dias junta 50 mulheres visando empoderar as mulheres jovens e adultas para a detenção de sinais de radicalismo e extremismo violento, bem como mobilizá-las para a promoção da paz e coesão social.

Casimiro Jorge Cajucam – Rádio Sol Mansi, Guiné-Bissau

Espera-se que, com esta formação, as mulheres jovens adultas sejam dotadas de conhecimentos e técnicas de detenção de sinais de radicalismo e extremismo violento.

Na abertura dos trabalhos, a Ministra da Ação Social, Família e Promoção da Mulher, Cadi Seide, apontou a fraca liderança nos vários domínios das estruturas organizacionais, como uma das razões que podem motivar as pessoas a enveredar pelo caminho do radicalismo e extremismo violento.

“A fraca liderança em vários domínios das nossas estruturas organizacionais é uma das razões que podem motivar as pessoas a enveredar por estes caminhos inglórios: paremos um pouco, tenhamos pena dos nossos povos do nosso País, dialoguemos em busca das soluções e não simplesmente aceitar sermos empurrados pelos nossos extremismos violentos”, explica.

Participantes na sessão de capacitação de dois dias contra o radicalismo e extremismo violento

Participantes na sessão de capacitação de dois dias contra o radicalismo e extremismo violento

O Presidente Interino da LGDH, Bubacar Turé, enfatizou o papel preponderante das mulheres guineenses no processo da democratização e do desenvolvimento do País, não obstante vários outros fatores adversos.

 “Como guerreiras que são, as mulheres têm resistido e rejeitado todas as tentações que visam fraturar o tecido social guineense, através da proliferação de discursos de ódio, dando primazia à coesão social e a paz. A paz no mundo está a passar por revés significativos: os conflitos, o extremismo violento e o crime organizado estão a expandir-se de forma significativa para vários cantos do planeta. Pois, a exclusão das minorias étnicas, religiosas, políticas e fatores associados à corrupção, desigualdades crescentes, má distribuição dos recursos públicos, são as principais razões que alimentam os discursos radicais e extremistas”, alerta.

Durantes dois dias, os participantes vão abordar vários temas entre os quais, o género como questão transversal na luta contra o radicalismo e o extremismo violento e o papel das mulheres na prevenção, identificação e desconstrução do discurso radicais e extremistas na Guiné-Bissau. A iniciativa é financiada pela União Europeia, no âmbito do projeto “Observatório da Paz – Nô Cudji Paz.

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