Haiti, libertado o sacerdote sequestrado por gangues. Arquidiocese: a espiral do mal devora o país

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O padre Emmanuel Saintéliat, sequestrado no domingo passado, foi libertado pelos bandidos que atacaram o município de Gressier e mataram vinte pessoas. A confirmação da libertação foi feita pelo arcebispado, que numa nota pediu às autoridades para por fim à violência e restabelecer o direito à vida.

Vatican News

Foi libertado o sacerdote da paróquia de São João Batista, padre Emmanuel Saintéliat, sequestrado no último domingo (30/06) por integrantes de uma gangue que devastou uma área da região metropolitana da capital Porto Príncipe, o município de Gressier. O arcebispado de Porto Príncipe confirmou a libertação e, segundo fontes jornalísticas, nenhum resgate foi pago. Pelo menos vinte pessoas morreram no ataque perpetrado pelas gangues armadas do Vivre Ensemble (Viver Juntos), lideradas pelo ex-policial Jimmy Cherizier, que atacaram a subestação policial de Gressier.

Cherizier é conhecido por estar na origem do caos no país e pelo pedido de demissão, em março, do então primeiro-ministro Ariel Henry. Em Gressier, grupos armados incendiaram casas e causaram pânico na comunidade, não obstante a presença do contingente de manutenção da paz liderado pelo Quênia há vários dias. A Polícia já retomou o controle da delegacia.

A denúncia da arquidiocese

A indignação e o pesar por uma situação que demonstra um “aprisionamento passivo na espiral do mal”, que devora a sociedade haitiana, foram expressos pelo arcebispado de Porto Príncipe num comunicado divulgado em 1º de julho, quando denunciou o ocorrido, definindo-os “atos indescritíveis de violência mortal”. O texto descreve o sacerdote sequestrado como um pastor, “que nunca abandonou a comunidade pela qual é responsável”, ressalta a nota do arcebispado, “e que está sempre disponível para servir os outros”.

Apelo pela libertação do padre Saintéliat

O arcebispado de Porto Príncipe também afirma que o fato ocorrido mostra que “algumas áreas da região metropolitana de Porto Príncipe ainda estão fora do controle das forças públicas”, expressa sua indignação “diante desses atos que violam deliberadamente os direitos dos membros da população” e reafirma “sua proximidade a todas as vítimas e suas famílias”. O comunicado lembra “às autoridades do Estado a urgência de tomar medidas para pôr fim a essa situação de violência e restabelecer o direito à vida no país”.

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