Prossegue a visita do cardeal esmoler ao país, martirizado por quase três anos de conflito. A felicidade da população pela proximidade do Papa.
Vatican News
Natal sangrento na Ucrânia que, na madrugada desta quarta-feira,25, acordou sob um ataque massivo russo. Conforme relatado pelo Ministério da Defesa de Moscou, foram utilizadas armas de longo alcance e alta precisão e veículos aéreos não tripulados. Principal alvo do ataque: a infra-estrutura energética da Ucrânia.
Ataque massivo em Kharkiv
Em particular, alvo dos ataques foi a cidade de Kharkiv, no nordeste do país. O prefeito local, Ihor Terekhov, confirmou en uma mensagem no Telegram que três pessoas ficaram feridas. Kherson também foi atingida: segundo as autoridades locais houve uma vítima. Em uma postagem nas redes sociais, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou o ataque no dia de Natal como “desumano”.
Atingida infraestrutura energética
A dor pelo ocorrido foi expressa aos meios de comunicação do Vaticano pelo cardeal esmoler Konrad Krajewski, que nestes dias está na Ucrânia para levar ajuda do Papa Francisco à população, martirizada por quase três anos de guerra
“Faltam-me as palavras – diz o cardeal. Esta manhã, às seis horas, no dia de Natal, Kharkiv foi bombardeada e três quartos dos habitantes – numa população de um milhão de pessoas – estão sem electricidade. Eles bombardearam a área onde estão localizadas as estruturas de energia. Há feridos.”
A gratidão da população pela proximidade do Papa
O cardeal Krajewski explica depois que saiu de Kharkiv “às 22h45, 15 minutos antes do toque de recolher com o trem que estava um pouco encoberto, justamente para não deixar passar a luz, portanto com todas as janelas fechadas”.
A notícia do ataque chegou-lhe pouco depois, durante a viagem. “Sinto muito – diz ele -. Há poucas horas estive lá e rezei com as pessoas que também agradeceram pelos geradores doados pelo Santo Padre e pelos fiéis de Roma. São muito úteis: as temperaturas estão abaixo de zero e os geradores são muito úteis para salvar vidas e poder viver em casas”.
O poder da oração em uma Igreja unida
Não obstante a escuridão e o desconforto causados pela guerra, o cardeal esmoler concentra-se em um detalhe em particular: “Como foi bonito ver a Igreja unida, finalmente a Igreja unida – explica. Talvez este seja um sinal forte também para nós, para todos nós: rezar juntos, rezar juntos, estar unidos como Cristo sempre quis”. “Quando estamos unidos somos muito fortes e isto foi visto precisamente em Kharkiv: a Igreja unida, a Igreja unida”.