Lady Anne compartilha sua experiência no jubileu educacional em Roma, destacando a importância do Pacto Educativo Global criado pelo Papa Francisco em 2019, que visa fortalecer a aliança entre escola, família e sociedade. Ela menciona ações em Marabá voltadas para educar e apoiar mulheres em privação de liberdade.
Silvonei José – Vatican News
Recebemos nos estúdios da Rádio Vaticano – Vatican News, vindo de Marabá, Layd Ane de Souza: colega de trabalho, jornalista mas também, educadora da Amazônia. Ela participa do Jubileu do Mundo Educativo e nós conversamos com ela.
Como é esse jubileu? “Nosso jubileu é um presente da nossa Igreja para todos nós educadores, estudantes, pesquisadores, cientistas apaixonados pela educação. O jubileu já está nos proporcionando esse momento de espiritualidade, de encontro com Deus, e principalmente a programação está proposta para vivenciarmos encontros com o nosso querido Papa, onde ele irá direcionar também a nossa caminhada no mundo educativo, e principalmente nós estamos animados e esperançosos para conhecer o os novos objetivos do pacto educativo global que será relançado. Haverá o relançamento do pacto, claro garantindo a construção que o nosso querido Papa Francisco deixou, esse legado desse projeto pedagógico pra educação, mas também conhecendo os novos compromissos que o nosso querido Papa irá expor pra nós. Então é grande o momento e acredito que a grande expectativa para nós é conhecermos os novos compromissos, novos objetivos que o Papa está trazendo, para que nós educadores possamos testemunhar de fato a esperança em nossas realidades”.
De Marabá o que que você traz? “De Marabá, a nossa esperança, felicidade e fé. Nós estamos trazendo também, dentro do nosso coração a gratidão. Hoje eu me emocionei muito quando eu estive rezando diante do túmulo do Papa Francisco porque o Papa Francisco nos ensinou a amar a educação a partir do pacto educativo global, primeiro a gente traz essa gratidão. Mas ao mesmo tempo a gente traz o coração muito aberto para o novo de Deus, para o que a Igreja tem pra nós por meio do nosso querido Papa Leão. Todo esse direcionamento para que nós possamos agora colocar o pacto educativo global a partir da nossa realidade amazônica, porque nós temos muitas experiências do pacto em Marabá, na nossa região. Vivência não somente de congressos, seminários, ou artigos, que é relevante para nossa reflexão, mas também os compromissos que a Igreja nos proporciona dentro do pacto. Nós temos esse testemunho muito visível, desenvolvemos muitas ações, com mulheres que estão privadas de liberdade. Promovendo cursos e espiritualidade junto com o nosso bispo Dom Vital, para os nossos estudantes adolescentes que estão em medida socioeducativa, que estão tão à margem da sociedade. Então a essas pessoas nós buscamos levar o pacto mais para perto, buscando essa aldeia educativa, essa aliança entre sociedade civil, poder público, e Igreja católica. A gente tem muita experiência muito visível, muito, com evidências que a gente traz para cá como gratidão por tudo o que nós vivenciamos, mas sobretudo, agora, com o coração aberto para o novo que o Papa vem nos despertar, para que nós possamos, de fato, testemunhar a esperança em nossas realidades”.
Silvonei José e Lady Anne
Para quem está nos ouvindo você está falando do pacto, que pacto é esse? “Nossa eu sou uma apaixonada pelo pacto educativo global. O pacto educativo global foi projeto pedagógico. A gente se reconhece como educadores do Papa Francisco, ele lançou o pacto educativo global em 2019, preocupado, porque estava muito frágil essa aliança entre sociedade, escola e família. Então pensando nessa fragilidade ele nos convocou para renovar a paixão pela educação entre família, escola e sociedade ou seja, a educação da pessoa humana, integral não está só na responsabilidade do estado, não somente da família, e não somente da escola, está em todos nós. Ou seja, todos de uma forma integral. Era e é necessário constituir uma aliança que ele sempre traçou e que é necessário reconstruí-la. Então o pacto traz nessa perspectiva de renovar uma aliança em torno da pessoa humana, discutir a educação, mas para que ela seja visível o pacto era necessário trazer 7 compromissos, que é colocar a pessoa humana no centro do processo educativo, cuidado com a lar comum que é muito visível no seu pontificado, também promover as mulheres no ambiente educativo da sociedade, e a família, trazer a família novamente para o processo educativo porque a gente sabe que está pouco frágil ainda. A família precisa renovar a paixão, entender que ela é educadora, a primeira escola é a nossa família. Então diante dos compromissos com o a aliança educativa, o Papa deixou muito claro que era necessário traçar esses 7 compromissos, afirmando pacto pela educação, pacto pela pessoa humana. E agora nós estamos, animados, esperançosos pra conhecer os novos compromissos que o nosso querido Papa Leão irá trazer para nós estamos aguardando o relançamento do pacto educativo global, confesso”.
Eis na íntegra a conversa:
