Leão XIV, Capítulo Geral dos Agostinianos: um clima de escuta, humildade e unidade

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“Celebramos esta Eucaristia no início do Capítulo Geral, momento de graça para a Ordem Agostiniana e para toda a Igreja”, disse o Pontífice no início de sua homilia da missa de abertura do Capítulo Geral dos Agostinianos. “Escuta, humildade e unidade: eis três sugestões úteis que a liturgia lhes oferece para os próximos dias”, sublinhou.

Vatican News

O Papa Leão XIV presidiu a missa de abertura do Capítulo Geral dos Agostinianos, na Basílica de Santo Agostinho, em Roma, na tarde desta segunda-feira, 1º de setembro.

“Celebramos esta Eucaristia no início do Capítulo Geral, momento de graça para a Ordem Agostiniana e para toda a Igreja”, disse o Pontífice no início de sua homilia.

“Um antigo autor, falando de Pentecostes, descreve-o como um transbordamento abundante e irresistível do Espírito”, ressalta Leão XIV, convidando os agostinianos a pedirem ao Senhor que seja assim também para eles: “Que o seu Espírito prevaleça sobre qualquer lógica humana, de modo ‘abundante e irresistível’, para que a Terceira Pessoa divina se torne realmente protagonista dos dias vindouros”.

Escuta

O Espírito Santo fala, hoje como no passado. Ele o faz nos “penetralia cordis” e por meio dos nossos irmãos e das circunstâncias da vida. Por isso, é relevante que o clima do Capítulo, em harmonia com a tradição secular da Igreja, seja um clima de escuta — escuta de Deus e dos outros.

A seguir, o Papa ressaltou que, meditando sobre Pentecostes, Agostinho oferece uma reflexão muito útil para o mandato que os agostinianos estão prestes a cumprir. Ele diz: “Em um primeiro momento, cada fiel […] falava todas as línguas […]. Agora, o conjunto dos crentes fala em todas as línguas. Portanto, também agora, todas as línguas são nossas, visto que somos membros do corpo que fala”.

Caríssimos, aqui, juntos, vocês são membros do Corpo de Cristo, que fala todas as línguas. Se não todas as do mundo, certamente todas aquelas que Deus sabe serem necessárias para a realização do bem que, em sua providente sabedoria, lhes confia. Vivam, portanto, estes dias em um esforço sincero de comunicar e de compreender, e façam-no como uma resposta generosa ao grande e único dom, de luz e de graça, que o Pai Celestial lhes concede convocando-os aqui para o bem de todos.

Humildade

A seguir, Leão XIV falou sobre a necessidade de “fazer tudo isso com humildade”. “Santo Agostinho, comentando a variedade de maneiras pelas quais o Espírito Santo se derramou sobre o mundo ao longo dos séculos, interpreta essa multiplicidade como um convite para nos fazermos pequenos diante da liberdade e da imprescritibilidade da ação de Deus”, disse o Papa. “Que ninguém pense ter todas as respostas sozinho. Que cada um compartilhe abertamente o que tem. Que todos acolham com fé o que o Senhor inspira, sabendo que ‘tanto quanto o céu domina da terra’, assim são os seus caminhos acima dos nossos caminhos e os seus pensamentos acima dos nossos pensamentos. Somente assim o Espírito poderá ‘ensinar’ e ‘recordar’ o que Jesus disse, gravando-o em seus corações para que o seu eco se espalhe a partir deles na unicidade e irrepetibilidade de cada pulsação”, disse o Pontífice.

Unidade

A seguir, o Papa falou a respeito do valor da unidade.

Que a unidade seja um objeto irrenunciável de seus esforços, mas não só: que seja também o critério de verificação de vosso agir e trabalhar juntos, porque o que une vem d’Ele, mas o que divide não pode o ser.

A este propósito, vem-nos ainda uma ajuda de Santo Agostinho que, sempre comentando o milagre de Pentecostes, observa: “Assim como outrora as diferentes línguas que um homem podia falar eram o sinal da presença do Espírito Santo, assim agora é o amor pela unidade […] o sinal da sua presença”.

“Escuta, humildade e unidade: eis três sugestões úteis que a liturgia lhes oferece para os próximos dias”, disse, por fim, Leão XIV aos agostinianos.

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