Leão XIV: o colóquio entre cristãos e outras religiões e culturas torna a paz possível

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Em sua saudação após o Angelus, este domingo (07/12) o Papa voltou seu pensamento à primeira viagem apostólica à Turquia e ao Líbano, recentemente concluída. Leão XIV pede um renovado compromisso com o caminho ecumênico, recordou seu encontro com católicos de ambos os países e descreveu o impacto emocional dos encontros. Seus pensamentos se voltaram também para as vítimas das enchentes no Sul e Sudeste Asiático

Francesca Sabatinelli/Raimundo de Lima – Vatican News

Ecumenismo, colóquio, solidariedade, paz. Alguns dos elementos-chave da primeira viagem apostólica de Leão XIV à Turquia (Türkiye) e ao Líbano, recentemente concluída, reaparecem com força em suas saudações pós-Angelus – este domingo, 7 de dezembro -, quando o Papa relembra aspectos importantes, como o encontro com o patriarca ecumênico de Constantinopla, “meu amado irmão Bartolomeu”, como o Pontífice o chama. Juntamente com o patriarca e representantes de outras denominações cristãs em Iznik, a antiga cidade de Niceia, o Papa comemorou o 1700º aniversário do primeiro Concílio Ecumênico da história. Leão XIV enfatizou então a importância histórica do aniversário deste domingo, 60 anos desde 7 de dezembro de 1965, quando Paulo VI e Atenágoras assinaram a Declaração Conjunta que pôs fim às suas excomunhões recíprocas de 1054, um passo fundamental rumo ao colóquio ecumênico.

Demos graças a Deus e renovemos nosso compromisso com a caminhada rumo à plena unidade visível de todos os cristãos. Na Turquia, tive a felicidade de achar a comunidade católica: através do colóquio paciente e do serviço aos que sofrem, ela dá testemunho do Evangelho do amor e da lógica de Deus manifestada na pequenez.

Líbano, um país de convivência

Do Líbano, a segunda etapa em sua viagem, o Pontífice recordou os “muitos testemunhos” que ainda confirmam sua identidade como um “mosaico de convivência”.

Conheci pessoas que proclamam o Evangelho acolhendo deslocados internos, visitando prisioneiros e partilhando o pão com os necessitados. Fiquei confortado ao ver tantas pessoas nas ruas me cumprimentando e comovido com o meu encontro com os familiares das vítimas da explosão no porto de Beirute. Os libaneses esperavam uma palavra e uma presença de consolo, mas foram eles que me confortaram com sua fé e entusiasmo!

A paz é possível

Os momentos vividos durante os dias de viagem nesses dois países são um testemunho direto de como a colaboração entre religiões pode levar à construção de uma convivência harmoniosa. E o Papa destacou isso, enviando uma mensagem direta a todos os fiéis.

Queridos irmãos e irmãs, o que aconteceu dias atrás na Turquia e no Líbano nos ensina que a paz é possível e que os cristãos, em colóquio com homens e mulheres de outros credos e culturas, podem ajudar a construí-la. Não nos esqueçamos: a paz é possível!

Orações pelo Sul e Sudeste Asiático

Por fim, o Santo Padre expressou sua proximidade “aos povos do Sul e Sudeste Asiático, duramente atingidos por recentes desastres naturais”, oferecendo suas orações “pelas vítimas, pelas famílias que choram seus entes queridos e por aqueles que prestam socorro” e exortou “a comunidade internacional e todas as pessoas de boa vontade a apoiarem nossos irmãos e irmãs nessas regiões com gestos de solidariedade”.

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