Vai decorrer na capital guineense, ao longo de todo o mês de maio de 2023, a Mostra de Arte e Cultura da Guiné-Bissau. É uma iniciativa da MoACBiss, coletivo de artistas e intelectuais da Diáspora guineense que pretende, deste modo, salvaguardar, valorizar, estruturar e impulsionar o sector das artes e da cultura em geral no país
Dulce Araújo – Vatican News
Encontros de literatura, cinema, debates sobre a importância da cultura e das artes, exposições de artes visuais, cénicas e performativas, desfile de moda, oficinas e worskshop, etc., animarão o mês todo.
Para a ocasião, diversos artistas como o pintor Nu Barreto, a cineasta Babetida Sadjo ou ainda a historiadora, Patrícia Godinho, deslocam-se a Bissau para essa “Moransa de Arte Contemporânea” – MoACBiss, cujos curadores são o próprio Nu Barretto e a linguista Zaida Pereira. O coletivo nasceu também com o intento de colmatar um pouco o vazio deixado pelo Estado em termos de promoção da cultura e das artes no país e pretende salvaguardar o que é necessário salvaguardar, tradições que se estão a perder e fazer com que os artistas que brilham fora do país, possam também brilhar na Guiné-Bissau – explicou ainda Nu Barreto em entrevista à nossa emissora. “Estamos a apostar nisto e avançaremos” – acrescentou o artista.
Esta primeira edição da Mostra de Arte e Cultura da Guiné-Bissau, que vem na linha de continuidade de algumas iniciativas já realizadas em abril de 2022, concluir-se-á a 31 de maio com o lançamento da “Bienal de Artes e Culturas de Bissau”.
Oiça aqui as palavras de Nu Barreto que, embora vivendo há décadas no estrangeiro, não vira as costas ao seu país, a Guiné-Bissau.