Os representantes da juventude católica moçambicana na recém-concluída conferência da juventude organizada pela Associação Inter-regional dos Bispos da África Austral (IMBISA) dizem que a “presença maciça de seitas religiosas nos últimos anos” no seu país “levou a alguma desestabilização dos jovens católicos”.
Sheila Pires – Joanesburgo, África do Sul
Em conversa com o Vatican News, Josefina José Alimene, da Diocese de Lichinga, e Luís António Matsena, da Arquidiocese de Maputo, dizem que, além da “crise religiosa” no país, as “crises socioculturais” e os elevados níveis de desemprego levam os jovens ao “consumo excessivo de álcool” e drogas.
Representantes da juventude das seis conferências episcopais que compõem a IMBISA, juntamente com seus capelães, participaram da conferência da juventude sob o tema “Responder aos desafios dos jovens na região da IMBISA segundo Christus Vivit”.
A conferência de jovens de 9 a 13 de setembro realizada no Centro de Retiros e Conferências Padre Pio focou em várias questões, incluindo a morte, na região e como ela afeta os jovens, falando livremente na Igreja e na sociedade sobre mulheres, abuso de drogas, depressão e saúde mental e falando livremente na igreja e na sociedade sobre assuntos silenciosos, incluindo LGBTQI+.
Tanto Josefina como Luís saúdam a iniciativa da IMBISA de aproximar os jovens para o colóquio sobre assuntos críticos, utilizando a metodologia do Sínodo sobre a Sinodalidade ‘Conversa no Espírito’.
Em relação às eleições gerais agendadas para 9 de outubro de 2024 para escolher o próximo Presidente da República, Parlamento e lideranças provinciais de Moçambique, Josefina e Luís apelam aos eleitores elegíveis, em particular aos jovens, para irem votar.