A Comissão Episcopal para os Migrantes, Refugiados e Deslocados (CEMIRDE), mostra-se preocupada com a situação dos imigrantes ilegais em Moçambique. A revelação vem na sequência da descoberta, em finais de março findo, de 64 corpos e 14 sobreviventes etíopes, no contentor de um camião, na Província de Tete.
Hermínio José – Maputo, Moçambique
Segundo a Irmã Marinês Biassibet, sempre em coordenação com as dioceses, no caso dos imigrantes ilegais de Tete, a Igreja tem providenciado assistência básica, como alimentação, vestuário e material de higiene àquele grupo social.
“Imigrantes sem condições de sobrevivência”
A Secretária geral da CEMIRDE, disse ao Vatican News que “as autotidades governamentais sabem prender os imgrantes ilegais, mas não sabem dar meios para deixá-los vivos”, desrespeitando os seus mais elementares direitos humanos.
Violação dos direitos humanos dos imigrantes ilegais
Ainda de acordo com a Secretária geral da Comissão Episcopal para os Migrantes, Refugiados e Deslocados, a situação de desrespeito dos direitos humanos dos imigrantes ilegais em Moçambique é deplorável.
Em tempos de Covid-19 piora a situação dos imigrantes ilegais
Entretanto, sem querer ser pessimista, a Irmã Marinês Biassibet, Secretária geral da CEMIRDE, afirma que em tempos de Covid-19, a situação dos imigrantes ilegais em Moçambique, tende a ser cada vez mais difícil.
De referir que em finais de março, a Polícia moçambicana interceptou um camião-contentor que fazia o trajecto Malawi-Moçambique, com 78 etiopes a bordo, dos quais 64 mortos e 14 sobreviventes, que se supõe tinham como destino a vizinha África do Sul.