Moçambique: Nyusi atribui a “elites internas e externas” a violência armada em Cabo Delgado

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O Presidente da República, Filipe Nyusi, assegurou recentemente em Maputo, que “o País não vai ceder a chantagens de guerra”. O Chefe de Estado falava numa alusão ao recrudescimento da violência armada na província de Cabo Delgado, a norte do País.

Hermínio José – Maputo, Moçambique

O Estadista moçambicano atribui a “elites internas e externas” a violência armada em Cabo Delgado e apela ao reforço da unidade nacional  para lidar com os ataques na província de Cabo Delgado.

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“Os moçambicanos nao tolerarão de forma repetida a chantagem  da guerra cíclica, movida por grupos de indivíduos manipulados para sustentar o ego das elites internas e externas” afirmou o Presidente da República, referindo-se aos ataques armados em Cabo Delgado, num discurso à margem do lançamento oficial dos 45 anos da Independência de Moçambique a assinalar a 25 de Junho próximo.

Governo anuncia morte de pelo menos 78 insurgentes

Entretanto, o ministro da Defesa de Moçambique, Jaime Neto, anunciou há dias, a morte de 78 insurgentes, incluindo cabecilhas oriundos da Tanzânia, País vizinho de Moçambique, no extremo norte.

Aministia afirma que o Povo está debaixo de uma violência horrível

Na sequência da espiral da violência armada em Cabo Delgado, que sucede já há quase três anos, o Director da Aministia Internacional para a África Oriental e Austral,  Deprosa Muchena, afirma que “o Povo de Cabo Delgado tem sido alvo de uma violência horrível e pede as tropas governamentais para que protejam os civis das sevícias dos terrorristas”.

“O Povo está entregue à sua sorte”, afirma D. Lisbo, Bispo de Pemba

Por seu turno, a  Igreja em Cabo Delgado, na pessoa do Bispo de Pemba, D. Luiz Fernando Lisboa, afirma que “o povo está à sua  sorte, os insurgentes semeiam dor, luto e destruição”. O Prelado pede a Deus para que proteja o povo de Cabo Delgado e apela às famílias para que sejam solidárias e dêem acolhimento a quem precise, nesta altura em que há muitos deslocados na província.

De referir que a acção dos insurgentes já fizeram desde outubro de 2017 a esta parte, mais de 700 mortos, milhares de deslocados em Cabo Delgado e ao nível da vizinha província de Nampula, para além de deixarem um rasto visível de destruição de residências e diversas infra-estruturas públicas  e privadas. 

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