“A justiça existe: se agora não tem o seu triunfo e a sua plena aplicação, um dia tremendo terá, e nada passará sem sofrer o seu juízo. Virá o dia da messe e então a separação entre o bem e o mal será visível, tangível e histórica. O mal terá a sua punição; o bem, o seu prêmio. Este é o ensinamento do Evangelho. O bem é uma coisa, o mal é outra. Não podem se misturar; mesmo que a realidade os mostre como se convivessem, embaralhados um no outro. (…) O juízo ética, para um cristão, há de severo, retilíneo, constante, límpido e, num certo sentido, intransigente. É preciso dar às coisas seu próprio nome: isso se chama bem, isso se chama mal. Isto é: a consciência jamais deve ser enfraquecida ou alterada, ou se tornar indiferente, impassível, porque não é lícito aplicar indistintamente os critérios do bem e do mal à realidade social que nos circunda.”