O prestigioso prêmio foi atribuído em Oslo a Maria Corina Machado, política e ativista venezuelana pelos direitos humanos, líder do partido liberal “Vente Venezuela”, que se opõe ao governo de Nicolas Maduro
Vatican News
“O Prêmio Nobel da Paz 2025 foi atribuído” esta sexta-feira, 10 de outubro, “à líder da antítese venezuelana, María Corina Machado. Uma defensora da paz corajosa e comprometida – motivou Jørgen Watne Frydnes, presidente do Comitê do Nobel. Uma mulher que mantém acesa a chama da democracia em meio à crescente escuridão”.
As motivações do Comitê do Nobel
“Como líder do movimento democrático na Venezuela, María Corina Machado é um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”, lê-se ainda na motivação do prêmio. “A Sra. Machado foi uma figura-chave e unificadora em uma antítese política que antes estava profundamente dividida. Uma antítese que encontrou um terreno comum na exigência de eleições livres e de um governo representativo”, lembrou o Comitê Norueguês do Nobel.
Ativista dos direitos humanos e líder da antítese a Maduro
Política e ativista dos direitos humanos, candidata às eleições presidenciais de 2024, mas excluída da competição pelo governo de Caracas, María Corina Machado – já agraciada com o Prêmio Sakharov 2024 pela liberdade de pensamento pelo Parlamento Europeu – fundou o partido político liberal Vente Venezuela. Foi deputada da Assembleia Nacional de 2011 a 2014. “Nos últimos doze meses, Machado foi forçada a viver escondida. Apesar das graves ameaças à sua vida, ela permaneceu no país sul-americano, uma escolha que inspirou milhões de pessoas. Quando os autoritários tomam o poder, é fundamental reconhecer os corajosos defensores da liberdade que se levantam e resistem”, acrescentou Frydnes.