Pertencente à Congregação das Missionárias da Consolata, a irmã Simona Brambilla foi chamada pelo Papa Francisco para ocupar o cargo de secretária do Dicastério a serviço da vida consagrada na Igreja e do qual é membro desde 2019. Em 1999 a religiosa teve sua primeira experiência missionária em Moçambique, que ela mesma descreve como breve, mas densa e, acima de tudo, decisiva em sua caminhada
Vatican News
É uma nomeação com sabor missionário a da irmã Simona Brambilla, nova secretária do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Pertencente à Congregação das Missionárias da Consolata, na qual ocupou o cargo de superiora geral de 2011 até maio de 2023 e o de conselheira geral de 2005 a 2011, a irmã Simona Brambilla foi chamada pelo Papa Francisco para ocupar o cargo de secretária do Dicastério a serviço da vida consagrada na Igreja e do qual é membro desde 2019.
Nascida em Monza – região italiana da Lombardia – em 27 de março de 1965, a irmã Brambilla, depois de obter seu diploma de enfermeira profissional em 1986, entrou no Instituto das Irmãs Missionárias da Consolata aos 23 anos, onde fez sua primeira profissão religiosa em 1991. Em 1998, obteve uma licença em Psicologia no Instituto de Psicologia da Pontifícia Universidade Gregoriana, e foi no ano seguinte que teve sua primeira experiência missionária em Moçambique, que ela mesma descreve como breve, mas densa e, acima de tudo, decisiva em sua caminhada.
A irmã Simona em Moçambique trabalhou na Pastoral da Juventude e no Centro de Estudos Macua Scirima em Maúa, Niassa, dirigido pelo padre Giuseppe Frizzi IMC (que faleceu em 2021) e com quem teve a “graça” de colaborar, como ela mesma conta. Nesse contexto, ela trabalhou na inculturação e no colóquio com a espiritualidade e a sabedoria original do povo Macua.
Significado da missão como Missionária da Consolata
“A experiência pessoal de vida com o povo Scirima de Maúa e seus arredores foi para mim uma preciosa oportunidade de aprofundar o significado da missão e da missão como Missionária da Consolata”, escreve irmã Brambilla em um documento-testemunho “A Sabedoria da floresta”.
“Felizmente contaminada pela perspectiva macua, encontrei-me saboreando e apreciando de modo novo a dimensão feminina e materna intrínseca ao nosso carisma. O reconhecimento, o respeito, a acolhida e o cuidado atencioso de cada semente de Vida presente nas pessoas, nos povos e na história me pareceram, mais do que nunca, características essenciais e específicas da missionariedade da Consolata, e a imagem do ‘mwapu’ (panela na língua macua) como lugar de compenetração do diferente, como ‘cozinha’ da vida, não podia deixar de me lembrar da nossa Consolata, ponto de partida e de chegada para nós, seus filhos e filhas”.
A irmã Simona Brambilla também foi professora no Instituto de Psicologia da Pontifícia Universidade Gregoriana de 2002 a 2006 e, em 2008, obteve o doutorado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana.
(Com Fides)
