O horror da guerra nos corpos dos reféns em Gaza

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Nesta terça-feira, reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o tema dos reféns. O secretário-geral da ONU, António Guterres, ficou “chocado” com a divulgação pelo Hamas dos vídeos que mostram os reféns israelenses nas mãos da organização islâmica”.

Vatican News

O abismo de devastação na Faixa de Gaza também se reflete nos corpos emaciados e sofredores dos reféns israelenses ainda nas mãos do Hamas. Após a divulgação dos vídeos de dois jovens reféns em estado de inanição, o Conselho de Segurança das Nações Unidas realizará hoje uma reunião de emergência sobre o tema. O secretário-geral da ONU, António Guterres, ficou “chocado” com a divulgação pelo Hamas dos vídeos que mostram os reféns israelenses nas mãos da organização islâmica, declarou o porta-voz Farhan Haq, acrescentando que se trata de uma “violação inaceitável da dignidade humana”. A Cruz Vermelha Internacional também expressou indignação, pedindo “a libertação imediata e incondicional de todos os reféns em Gaza” e que “se evitem todas as formas de exposição pública que humilham as pessoas privadas de liberdade”.



Refém israelense   (AFP or licensors)

Os vídeos divulgados nos últimos dias são diferentes dos muitos publicados nestes 22 meses de guerra devido às condições dos dois reféns: o primeiro foi divulgado na quinta-feira, 31 de julho, pela Jihad Islâmica, um grupo armado da Faixa de Gaza, e mostra o refém Rom Braslavski, de 22 anos. Braslavski está muito magro e emaciado, com as costelas salientes; ele diz chorando que não consegue mais se levantar devido à fraqueza e que quase não come nada. “Vocês têm que parar com o que estão fazendo aqui”, afirma. O segundo vídeo, divulgado na sexta-feira, 1º de agosto, foi publicado pelo Hamas e mostra o refém Evyatar David, de 24 anos: ele também está gravemente emaciado e parece estar em um túnel, onde, entre outras coisas, é mostrado “cavando sua própria cova”. Ambos os vídeos foram filmados sob coação e têm intenção propagandística: em um comunicado que acompanha o de Evyatar David, o Hamas escreveu que os prisioneiros “comem o que nossos combatentes e nosso povo comem”.

Refém israelense

Refém israelense   (AFP or licensors)

A divulgação dos vídeos suscitou indignação internacional, que inevitavelmente se associa ao sofrimento a que está sujeita a população civil palestina de Gaza.

Em Israel, a publicação dos dois vídeos, apesar do seu claro objetivo propagandístico por parte do Hamas, provocou horror e alimentou também a controvérsia contra o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Hanna Yablonka, historiadora do Holocausto, disse ao “Le Monde” que “todos os israelenses que viram essas imagens pensaram imediatamente nas fotos dos sobreviventes de Auschwitz no dia seguinte à sua libertação”.

As imagens angustiantes que chegam da Faixa de Gaza levantam com extrema urgência a pergunta: até quando?

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