Post de Francisco na conta @Pontifex do “X”, na véspera do início do Ano Santo que terá por tema a esperança. No dia 24 de dezembro, às 19h, a abertura da Porta Santa de São Pedro; no dia 26, da prisão de Rebibbia. Segue a abertura das Portas Santas nas Basílicas Papais de Roma, peregrinações e eventos com a esperada participação de milhares de pessoas
Salvatore Cernuzio – Cidade do Vaticano
Os Jubileus são momentos preciosos para fazer um balanço da nossa vida, tanto em nível individual como comunitário. São também ocasiões de reflexão, recolhimento e escuta do que o Espírito Santo nos diz hoje (cf. Ap 2, 7). #Jubileu2025
A espera acabou e dentro de pouco mais de vinte e quatro horas o Papa Francisco abrirá a Porta Santa da Basílica de São Pedro, dando início ao Ano Santo, o Jubileu 2025 que quis dedicar ao tema da esperança. Aquela que “não não engana”, como afirma o título da Bula de Proclamação Spes non confundit; a esperança necessária em uma época do mundo que, entre guerras, divisões, pobreza, crises climáticas, parece oferecer apenas angústia e aflição.
Com um post em sua conta @Pontifex, canal privilegiado para alcançar milhões de pessoas em nove línguas, o Papa chama a atenção para o evento, mas sobretudo para a natureza íntima deste grande acontecimento eclesial, mas que envolve o mundo, e a reviravolta que ele pode representar para a vida de cada um.
Uma ocasião de “reflexão” e “recolhimento”, sublinha de fato o Pontífice na mensagem, reiterando assim em modo implícito o desejo – já expresso várias vezes nos últimos meses – de que o Jubileu possa ser um tempo principalmente de espiritualidade, renascimento, perdão e libertação social. Já o dizia na oração de 8 de dezembro, na Solenidade da Imaculada Conceição, alertando para o risco de “sufocar” a graça pela organização, das muitas coisas para fazer ou das ‘reclamações’ sobre os canteiros de obras e as muitas mudanças que a cidade de Roma enfrenta e enfrentará.
Os muitos “jubileus”
De fato, são muitos os eventos programados desde a terça-feira, 24 de dezembro, véspera de Natal com a abertura da Porta Santa, até ao encerramento do Jubileu, em 6 de janeiro de 2025.
consideração-se que mais de 30 milhões de pessoas participem nos vários ‘jubileus’ dedicados a diferentes categorias: do mundo da comunicação aos artistas, das forças armadas aos voluntários, dos doentes e trabalhadores da saúde à vida consagrada, os diáconos, as irmandades, dos trabalhadores aos empresários, dos governantes aos jovens e adolescentes.
Neste último evento em particular, previsto para 25 e 27 de abril, espera-se a maior afluência também devido à canonização do jovem Beato Carlo Acutis.
A abertura da Porta Santa em São Pedro
Assim, amanhã, às 19 horas, o início do Jubileu com o rito sempre sugestivo da abertura da Porta Santa, antes da Missa da Vigília de Nata. consideração-se qie cerca de 30 mil fiéis estarão reunidos na Praça de São Pedro para assistir à cerimônia pelos telões; outro grupo estará dentro da Basílica.
Francisco, vinte e cinco anos depois de São João Paulo II, nove anos depois do Jubileu extraordinário da Misericórdia (aberto com uma comovente cerimônia na Catedral de Bangui) pronunciará a fórmula: Haec porta Domini (Esta é a porta do Senhor), ao qual os fiéis responderão: Iusti intrabunt in eam (Através dele entram os justos).
Fiéis de todos os continentes
O alcance global deste Ano Santo refletir-se-á, antes de tudo, na homenagem com flores que dez crianças de diferentes nações (Áustria, Coreia do Sul, Egito, Filipinas, Índia, México, Nigéria, Samoa, Eslováquia, Venezuela) oferecerão ao Papa.
Cinquenta e quatro fiéis dos cinco continentes serão os primeiros a cruzar a Porta Santa aberta pelo Papa para suplicar a Indulgência jubilar e professar a sua fé. Entre os países de origem, também China, Congo, Coreia do Sul, Eritreia, Irã, Papua Nova Guiné, Samoa, Estados Unidos, Vietnã.
Um “símbolo de esperança” para os presos de Rebibbia
Em um Ano Santo que o Papa, como escreveu na Bula, quer que seja dedicado não só aos sinais jubilares, mas também aos gestos de cuidado e de misericórdia para com os vulneráveis da sociedade, insere-se um momento inédito que será a abertura do Porta Santa em uma prisão.
Francisco o havia anunciado na Spes non confundit. Posteriormente o arcebispo Rino Fisichella, encarregado da organização do Jubileu, fez saber que a penitenciária escolhida foi a de Rebibbia Nuovo Complesso, que o Pontífice já havia visitado em 2015 para a Missa in Coena Domini de Quinta-feira Santa.
Jorge Mario Bergoglio abrirá a Porta Santa de Rebibbia na manhã do dia 26 de dezembro, festa de Santo Estêvão, na presença de alguns presos. A eles, como escreveu, quer oferecer “um sinal concreto de proximidade” por meio deste gesto que pode ser “um símbolo que convida a olhar para o porvir com esperança e com um renovado compromisso de vida”.
O rito nas Basílicas papais de Roma
A abertura das Portas Santas da Basílica de São Pedro e de Rebibbia serrá seguida por aquela das Portas Santas das três basílicas papais de Roma: São João de Latrão, em 29 de dezembro; Santa Maria Maior em 1º de janeiro; São Paulo fora-dos-muros em 5 de janeiro. Os arciprestes das respectivas Basílicas realizarão o rito. Todas as portas permanecerão muradas para torná-las um local de peregrinação durante todo o ano. Serão fechadas no domingo, 28 de dezembro de 2025.
Por outro lado, no dia 29 de dezembro de 2024, em todas as catedrais e co-catedrais, os bispos deverão celebrar a Eucaristia como abertura solene do Ano Jubilar. Tal como já em 2015-16, para o Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco convidou todos os bispos de todos os países do mundo a indicarem a entrada principal da sua catedral ou de um local de culto igualmente significativo, como a Porta Santa, para facilitar a peregrinação para aqueles que que, por diversas razões, não poderão viajar para Roma.
Por fim, vários itinerários de fé estarão presentes no próximo ano em Roma, além dos tradicionais das catacumbas e das Sete Igrejas.