Leão XIV encontrou-se com os participantes do evento organizado pela Fundação Domenico Bartolucci pelos quinhentos anos do nascimento de Giovanni Pierluigi da Palestrina: suas composições “uniam estreitamente música e liturgia” e dão “à oração uma expressão mais suave e favorecem a unanimidade”.
Mariangela Jaguraba – Vatican News
O Papa Leão XIV recebeu em audiência, na tarde desta quarta-feira (18/06), na Sala Regia, no Vaticano, os participantes do encontro promovido pela Fundação Domenico Bartolucci nos quinhentos anos do nascimento de Giovanni Pierluigi da Palestrina, um compositor renascentista italiano nascido, em 1525, em Palestrina, perto de Roma, que se tornou o mais conhecido representante da Escola Romana de composição musical.
No início de seu discurso, o Pontífice manifestou felicidade de participar deste encontro que, com palavras e músicas, celebra a nova Emissão Filatélica promovida pela Fundação Bartolucci e produzida pelos Correios Vaticanos por ocasião dos quinhentos anos do nascimento Giovanni Pierluigi da Palestrina.
Esse compositor renascentista italiano “foi, na história da Igreja, um dos compositores que mais contribuiu para a promoção da música sacra, para “a grandeza de Deus e a santificação e edificação dos fiéis, no delicado, porém emocionante, contexto da Contrarreforma”, disse Leão XIV, acrescentando:
“A polifonia em si é uma forma musical repleta de significado, tanto para a oração quanto para a vida cristã”, disse ainda o Papa. Graças à “riqueza de forma e conteúdo, a tradição polifônica romana, além de nos ter deixado um imenso patrimônio de arte e espiritualidade, continua sendo ainda hoje, no campo musical, um ponto de referência a ser consultado, ainda que com as necessárias adaptações, na composição sacra e litúrgica, para que, através do canto, os fiéis participem plena, consciente e ativamente da liturgia, com profundo envolvimento da voz, da mente e do coração”, sublinhou Leão XIV.
O Papa concluiu, citando a Missa Papae Marcelli “que, em seu gênero, é um exemplo por excelência, assim como o repertório precioso de composições que nos foi deixado pelo inesquecível Cardeal Domenico Bartolucci, ilustre compositor e, por quase cinquenta anos, diretor do Coro da Capela Pontifícia Musical Sistina”, falecido em 2013 e que deu o nome à fundação.