O perfil do candidato político

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Eis as orientações da Igreja no campo político. Aqui vão algumas dicas para você aprender a distinguir, com clareza e segurança, entre o bom e o mau candidato político.

O bom candidato: pensa no bem comum, sobretudo nos mais pobres; respeita e valoriza as pessoas; tem programa e proposta de governo, em favor do bem comum; conhece bem as obrigações do mandato ao qual concorre; respeita os direitos dos outros, principalmente os que dizem respeito à dignidade da vida; possui fidelidade partidária (não fica mudando de partido); não se alia aos que querem o mal do povo; é pessoa honesta, coerente e justa; não faz mau uso do dinheiro em campanha eleitoral; ouve o clamor do povo sofrido e se mobiliza diante da desigualdade social.

O mau candidato: só pensa em si mesmo; trata as pessoas como se fossem coisas; faz promessas que não pode cumprir; não sabe como exercer seu mandato; não valoriza a democracia e a liberdade; troca de partido por conveniência ou dinheiro; é apoiado por grupos que não se interessam pelo bem comum; explora seus empregados e funcionários; gasta exageradamente na campanha eleitoral; não dá ouvidos às necessidades do povo e se acomoda diante da miséria.

O candidato cristão, por sua vez, deve viver sua vocação política, incutindo e promovendo a esperança, exercendo sua função pública, sempre à luz do Evangelho.

Por isso, você é chamado a exercer sua cidadania, atuando no plano da política, com sua capacidade pessoal e o auxílio da graça divina, para saber distinguir com clareza que “tipo” de político é o seu candidato.

Há o político profissional: é aquele que está há muito tempo no poder e quase nada faz de concreto em favor do povo.

Há o político egoísta: é o que trabalha para o seu próprio proveito, tendo em vista as próximas eleições e não o bem comum.

Há o político exibicionista: é aquele que esbanja os recursos públicos para a sua autopromoção em vista da sua reeleição.

Há o político engomadinho: é o que fala bonito, apresenta-se bem, mas não tem conteúdo nem propostas. Está comprometido com os grandes grupos econômicos.

Há o político camaleão: é aquele que muda de partido conforme suas conveniências e não é comprometido com os anseios do povo.

Há o político consciente: é o que tem uma proposta política viável, defende a vida e os direitos humanos, é sensível aos empobrecidos e luta pelo bem de todos.

É claro que você deve escolher esse último tipo de político; do contrário, sua escolha não será responsável nem digna de alguém que se diz cristão.

(5ª Parte do Artigo de Dom Félix sobre Igreja e Política)

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