O sentido da vida

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O sentido da vida é um questionamento filosófico a respeito do propósito e do significado da existência humana. Uma quantidade incontável de tentativas para responder qual seria o sentido da vida foram dadas por diversas linhas do pensamento humano, como a religião e a filosofia.

As opiniões em relação ao sentido da vida, que foram expressas na história da filosofia, podem ser consideradas representativas como respostas não-religiosas.

O sentido da vida na filosofia antiga consistiu principalmente da aquisição da felicidade, que era comumente considerada a característica mais elevada e mais desejada. Neste contexto, as diferenças entre as escolas filosóficas resultam das diferentes concepções sobre a felicidade e como cada qual acreditava que ela pudesse ser atingida.

Para uma vida que tem sentido, o homem não pode eximir-se da reflexão sobre a morte, visto que esta é o objeto necessário da nossa mira; pelo contrário, deve-se considerar a morte natural como algo extraordinário e estar preparado para a morte de qualquer forma e em qualquer tempo. A morte precisa ser sempre premeditada: meditada com antecedência; mas não ser uma preocupação. O que evidencia a tônica de que viver é construir a morte desde que se nasce.

Interessante notar que uma vida com sentido, pouco ou nada tem a ver com quantidade de tempo vivido. Antes, porém, é a vontade aplicada no tempo que se vive. O sentido não está em prolongar a vida, mas em saciar-se com o tempo que se tem. Por isso, a premeditação da morte é tão relevante, porque meditar previamente sobre a morte é meditar previamente sobre a liberdade. Saber morrer liberta-nos de toda sujeição e imposição. Não se fica servo do tempo ou dos apegos de grandeza e riqueza, mas ajuda-nos a aproveitar o que se tem e enquanto se tem, contente com o que Deus e a natureza permitem viver. Desmascarando a realidade das coisas e das pessoas, o que resta é a mesma morte, da qual ninguém escapa e sobre a qual não se tem controle algum.

As diferentes religiões dão diferentes respostas para a questão sobre o sentido da vida. O Cristianismo, por exemplo, fundamenta-se no conjunto de ensinamentos de Jesus de Nazaré. De acordo com a tradição, Ele era o filho de um carpinteiro judeu. Como Filho de Deus e Messias, Ele anunciou a vinda do Reino de Deus e salvou as pessoas do pecado original com a sua morte e a sua ressurreição.

Portanto, o sentido da vida no Cristianismo baseia-se na comunhão com Deus na vida, bem como após a morte. Confissão e o arrependimento são pré-requisitos para tal, assim como a libertação dos pecados através de Jesus Cristo. Como é descrito na Bíblia, Deus nos criou com uma necessidade espiritual, o que inclui o desejo de achar o sentido da vida.

Dom Félix

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