Países Baixos, as condolências do Papa pela morte do cardeal Simonis

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Franciso escreve ao cardeal Eijk para lembrar a figura de seu predecessor em Utrecht, que faleceu nesta quarta-feira aos 88 anos de idade. O Colégio cardinalício é agora composto por 220 cardeais, 122 eleitores e 99 não-eleitores.

Isabella Piro – Vatican News

“Uno-me a vós para dar graças a Deus Todo-Poderoso pelo testemunho fiel do falecido cardeal ao Evangelho”. É uma passagem do telegrama do Papa ao cardeal Willem Jacobus Eijk, com quem Francisco se une à dor da igreja de Utrecht, nos Países Baixos, que nesta quarta-feira perdeu um ponto de referência.

Até o último

Uma pessoa “com um grande coração pastoral”: assim o cardeal Willem Jacobus Eijk, arcebispo metropolitano de Utrecht, nos Países Baixos, anuncia a morte de seu predecessor, o cardeal Adrianus Johannes Simonis, que faleceu em 2 de setembro aos 88 anos de idade. Após sua renúncia” – informa uma nota da arquidiocese -, “o cardeal viveu por algum tempo em Nieuwkuijk, Brabant, na Mariápolis Mariënkroon do Movimento dos Focolares”. Ele passou seus últimos anos em um centro de saúde em Voorhout, no sul da Holanda”. Expressando suas condolências, o cardeal Eijk lembrou o trabalho de seu predecessor, que começou em um momento difícil, quando a polarização no país era muito forte. “Isto não o impediu, porém, de colocar em prática seu lema, ‘Para que o conheçam’, de muitas maneiras. Com a morte do Cardeal Simonis, não-eleitor, o Colégio cardinalício é composto da seguinte forma: 220 cardeais no total, dos quais 122 são eleitores e 99 são não-eleitores.

A vida a serviço da Igreja

Nascido em 26 de novembro de 1931 em Lisse, diocese de Roterdã, o primeiro de onze irmãos, o cardeal Simonis recebeu a ordenação sacerdotal em 15 de junho de 1957, após completar seus estudos nos seminários de “Hageveld” e “Warmond”. De 1959 a 1966 ele havia estudado exegese bíblica em Roma, completando os cursos com uma tese sobre os textos do Evangelho de João relacionados ao Bom Pastor. Voltando para lar, ele foi nomeado vigário de uma paróquia em Haia, com a tarefa especial de cuidar da pastoral dos doentes no hospital local da Cruz Vermelha.

Eleito Bispo de Roterdã em 29 de dezembro de 1970, recebeu a ordenação episcopal em 20 de março do ano seguinte, escolhendo “Ut cognoscant Te” como seu lema. Em 27 de junho de 1983, foi nomeado arcebispo coadjutor de Utrecht com direito de sucessão ao cardeal Johannes Willebrands, ocorrida em 3 de dezembro de 1983. Ele também havia sido presidente da Conferência Episcopal dos Países Baixos, na qual havia guiado as Comissões para a educação e religião, trabalhando muito em prol da proteção da vida, da família e do casamento, de acordo com a doutrina católica.

Em 25 de maio de 1985, São João Paulo II o criou cardeal, com o título de São Clemente. Ele havia participado do Conclave de abril de 2005 que elegeu o Papa Bento XVI e tornou-se arcebispo emérito de Utrecht em 14 de abril de 2007.

 

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