No Angelus deste domingo (10), Francisco recorda o martírio da família polonesa beatificada por ter dado refúgio a judeus, perseguidos pelos nazistas. Da Segunda Guerra Mundial, olha para os conflitos atuais no mundo, em particular para a “martirizada Ucrânia”: opor à força das armas aquela da caridade, à retórica da violência a tenacidade da oração.
Andressa Collet – Vatican News
Pela primeira vez uma família inteira foi beatificada pela Igreja de uma só vez. A cerimônia aconteceu na manhã deste domingo (10) em Markowa, na Polônia, inclusive com a presença do presidente do país, Andrzej Duda. Do Vaticano, após a oração mariana do Angelus, na Praça São Pedro, Francisco recordou Józef Ulma, a esposa Wiktoria Ulma e seus 7 filhos, todos mártires, não porque proclamavam publicamente a fé católica, mas porque viviam como verdadeiros cristãos, colocando o Evangelho em prática através das atitudes do dia a dia.
Francisco, então, convidou os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro a seguirem o exemplo dessa numerosa família polonesa de fidelidade a Deus, mas assassinada por ódio à fé. Olhando para os conflitos atuais, o Pontífice novamente lembrou da Ucrânia:
“E, seguindo o exemplo deles, sintamo-nos chamados a opor à força das armas aquela da caridade, à retórica da violência a tenacidade da oração. Façamos isso especialmente por tantos países que sofrem por causa da guerra; de modo especial, intensifiquemos nossa oração pela martirizada Ucrânia. Ali estão as bandeiras da Ucrânia, que está sofrendo tanto, tanto!”
Ano Novo: reconciliação e paz ao povo etíope
O Papa também lembrou que a Etiópia está prestes a comemorar o Ano Novo, já que o seu calendário é diferente do Ocidental e disse:
“Depois de amanhã, 12 de setembro, o querido povo etíope celebrará seu tradicional Ano Novo: gostaria de estender meus mais calorosos votos a toda a população, desejando que seja abençoada com os dons da reconciliação fraterna e da paz.”