Leão XIV se encontrou esta manhã em audiência privada com o presidente da República Federal da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e sua esposa, Elke. O chefe de Estado disse que ele e o Pontífice discutiram “a situação global, a guerra e a paz, e a situação das Igrejas cristãs”. Eles conversaram especificamente sobre a guerra na Ucrânia e em Gaza. Nesses cenários, acrescentou, o Papa é uma das poucas figuras que podem exercer influência sobre as partes em conflito.
Vatican News
O Papa Leão XIV recebeu em audiência privada, na manhã desta segunda-feira (22/09), o presidente da República Federal da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, acompanhado de sua esposa, Elke. Numa coletiva de imprensa no Cemitério Teutônico, no Vaticano, o chefe de Estado afirmou ter tido a oportunidade de conversar longamente com o Papa, “trocando opiniões, naturalmente, sobre a situação global, sobre a guerra e a paz, e sobre a situação das Igrejas cristãs”. Ele explicou que eles conversaram em particular sobre a guerra na Ucrânia, o sofrimento do povo ucraniano e a necessidade de alcançar um cessar-fogo e uma paz justa. A situação humanitária em Gaza também foi discutida, e o presidente alemão enfatizou que, nesses cenários internacionais, a voz do Papa é relevante como fator de colóquio e mediação.
A conversa privada entre o Papa e o presidente alemão (@Vatican Media)
“Eu o encorajei fortemente a continuar nessa função”, disse Steinmeier, que é protestante e sua esposa é católica. “Acredito que, em tempos em que há poucos mediadores no mundo e poucas figuras que possam exercer influência sobre as partes em conflito, não podemos prescindir da ajuda oferecida pelo Papa.” O presidente convidou o Papa Leão XIII a visitar a Alemanha.
Leão XIV presenteou seu convidado com um painel de prata pintado com esmalte a fogo, representando “Moisés salvo das águas”, inspirado no afresco de Rafael situado na segunda loggia do Palácio Apostólico. O presidente Steinmeier presenteou o Pontífice com uma cópia da partitura do Clavicembalo bem temperado, uma coleção de prelúdios e fugas de Johann Sebastian Bach e algumas garrafas de vinho provenientes do vinhedo do Mosteiro Beneditino de Hildegarda de Bingen, antigo mosteiro agostiniano, em Eibingen-Rüdesheim. Trata-se de uma antiga adega monástica, hoje administrada por religiosas beneditinas que produzem vinhos de alta qualidade inspirados na tradição milenar ligada à mística Hildegarda de Bingen (1098-1179).
Um momento da troca de presentes (@Vatican Media)
