Francisco, após a recitação do Regina Caeli, dedicou as primeiras palavras ao autor italiano Alessandro Manzoni, do romance “I promessi sposi”, por ocasião dos 150 anos de aniversário da sua morte. O Papa o definiou como “uma das figuras mais altas da literatura”, que em sua obra-prima descreve os pobres e os sofredores como “sustentados também pela proximidade dos fiéis pastores da Igreja”.
Alessandro Di Bussolo e Andressa Collet – Vatican News
“Cantor das vítimas e dos últimos”: é assim que o Papa Francisco define Alessandro Manzoni, poeta, romancista e filósofo, considerado um dos maiores romancistas italianos de todos os tempos pelo célebre livro “I promessi sposi” (Os noivos), escrita entre 1821 e 1840 e sendo reescrita por duas outras vezes. Os méritos se estendem ainda a promover a unidade linguística no país, sendo vencedor de inúmeros prêmios públicos e acadêmicos. Manzoni, um dos nomes mais importantes da literatura da Itália, então, foi lembrado pelo Pontífice ao final da oração mariana do Regina Caeli neste domingo (28):
“Eu li I promessi sposi três vezes, me ajudou muito”
Francisco, em 19 de agosto de 2013, poucos meses depois da sua eleição, em uma entrevista a Antonio Spadaro, diretor da revista italiana “La Civiltà Cattolica”, disse: “li o livro I promessi sposi três vezes e o tenho agora sobre a mesa para relê-lo. Manzoni me ajudou muito. Minha avó, quando eu era criança, me ensinou de cor o início do livro”.
Francisco e as citações de Manzoni
Em 14 de janeiro de 2014, ao receber em audiência o bispo Anthony Palmer, responsável eclesiástico internacional das Igrejas Evangélicas Episcopais, o Papa gravou uma breve mensagem em vídeo na qual, referindo-se à unidade dos cristãos, disse: “Um célebre escritor italiano, Manzoni, em um romance, diz que um homem simples do povo disse esta frase: ‘Nunca achei que o Senhor tenha começado um milagre sem terminá-lo bem'”. E na audiência geral de 27 de maio de 2015, dedicada aos noivos, evocando I promessi sposi, ele recomendou: “vocês italianos, em sua literatura, têm uma obra-prima sobre o noivado. É necessário que os jovens a conheçam, que a leiam”.