Pax Christi EUA convida católicos para desmantelar o racismo em todas as suas formas

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“A morte de George Floyd – e a morte de tantas pessoas de cor ano após ano – nos mostrou que a vida dos negros não importa no país. A tarefa da Igreja, portanto, deve ser a de estar na linha de frente para mudar essa realidade e afirmar que a vida deles é relevante. Como católicos, não é suficiente limitar-se a palavras, pensamentos e orações. A Igreja deve falar de forma corajosa e inequívoca em todos os níveis contra o pecado do racismo, presente todos os aspectos da vida nos Estados Unidos, e contra o flagelo da brutalidade policial”, diz uma declaração da Pax Christi dos Estados Unidos.

Vatican News

Pax Christi EUA está indignada e com o coração partido pelos assassinatos de George Floyd, Ahmaud Arbery e tantos outros, o que demonstra total desprezo pela vida e pela dignidade do povo negro em nossa nação.”

É o que afirma a declaração da Pax Christi EUA, divulgada após a morte de George Floyd, 46 anos, nas mãos de Derek Chauvin, policial de 44 anos em Minneapolis. Por quase oito minutos, o agente ficou ajoelhado sobre o pescoço de Floyd na segunda-feira, 25 de maio, enquanto estava algemado, deitado de bruços e com o nariz sangrando.

 

O comunicado deseja expressar “solidariedade com os irmãos Minneapolis que protestam contra a supremacia branca com suas vozes e corpos” e reafirma o compromisso da Pax Christi EUA “de trabalhar para desmantelar o racismo sistêmico em todas as suas formas”.

“A morte de George Floyd – e a morte de tantas pessoas de cor ano após ano – nos mostrou que a vida dos negros não importa no país. A tarefa da Igreja, portanto, deve ser a de estar na linha de frente para mudar essa realidade e afirmar que a vida deles é relevante. Como católicos, não é suficiente limitar-se a palavras, pensamentos e orações. A Igreja deve falar de forma corajosa e inequívoca em todos os níveis contra o pecado do racismo, presente todos os aspectos da vida nos Estados Unidos, e contra o flagelo da brutalidade policial.”

Como são necessárias medidas concretas para derrotar o racismo e construir uma sociedade anti-racista, “incluindo combater a cultura policial que apoia a supremacia branca e trabalhar para desmantelá-la”, a Pax Christi EUA incoraja seus membros a apoiar os movimentos das pessoas de cor, a serem seus aliados, pois aqueles que buscam manter seu poder dependem do silêncio dos brancos e de sua separação dos movimentos pela justiça. O comunicado também os convida a levar a vocação de Pax Christi EUA à paz e seu compromisso com a não-violência do Evangelho para enfrentar todas as formas de racismo.

“Somos chamados – conclui a declaração – a achar o Jesus que ainda está aqui, crucificado entre nós, a estar aos pés daquela Cruz e a chorar. Chorar por George Floyd. E a transformar aquele luto na ação necessária para curar nosso mundo e desmantelar o racismo que sustenta uma cultura de morte”. (AP)

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