A perspectiva cristã da morte abrange dois aspectos: morrer e ressurgir em Cristo.
Há um modo errado de ver a morte, especialmente quando ela atinge as pessoas próximas de nós. Trata-se, neste caso, de encarar a morte como o fim de tudo, de forma que ela se torna uma ameaça.
Esta concepção de morte é própria do pensamento ateu, que interpreta a existência como um achar-se casualmente no mundo, caminhando para o nada.
Há também o ateísmo prático, que consiste em viver somente para os próprios interesses e para as coisas terrenas. Assim, quem se deixa levar por essa visão errada da morte, não tem outra escolha senão negar a morte ou banalizá-la para que não lhe cause medo.
Falando da visão cristã da morte, é preciso destacar que, mesmo nos momentos de dor pela perda de um ente querido, sai do coração do ser humano a convicção de que não pode estar tudo terminado. Há um instinto dentro de nós que nos diz que a nossa vida não termina com a morte.
Esta sede de vida encontra a sua resposta real na Ressurreição de Cristo. Desta forma, uma vida unida a Ele torna o homem capaz de enfrentar a morte com serenidade e esperança.
A vida, neste mundo, nos foi dada como preparação para a outra vida com o Pai Celeste. O caminho, então, é estar próximo a Jesus; isso pode ser feito por meio da oração, dos sacramentos e também da prática da caridade.
Quem pratica a misericórdia não teme a morte. Se abrirmos a porta da nossa vida e do nosso coração aos irmãos mais sofredores, então também a nossa morte se tornará uma porta que nos introduzirá no céu.