Com sua morte, a Costa do Marfim perde uma personalidade reconhecida por líderes políticos e religiosos de todo o país, a começar pelo presidente Alassane Ouattara, que em sua mensagem de condolências o definiu como “um grande homem de fé, artífice da paz e do colóquio entre as denominações religiosas”.
Vatican News
A Conferência Episcopal da Costa do Marfim (CECCI) expressou condolências e proximidade à comunidade muçulmana do país pela morte do xeique Aïma Boikary Fofana, presidente do Conselho Superior de Imames, Mesquitas e Assuntos Islâmicos (COSIM).
“Uma grande personalidade no colóquio inter-religioso”, o define a mensagem de pesar assinada pelo presidente da CECCI, Dom Ignace Bessi e citada pela agência católica africana CISA.
O xeique Boikary, também conhecido como Aboubacar Fofana, morreu no domingo passado em Abidjan, aos 77 anos, por complicações relacionadas ao Covid-19.
Com sua morte, a Costa do Marfim perde uma figura reconhecida por líderes políticos e religiosos de todo o país, a começar pelo presidente Alassane Ouattara, que em sua mensagem de condolências o definiu como “um grande homem de fé, artífice da paz e do colóquio entre as denominações religiosas”.
Sentimentos estes também compartilhados por toda a Igreja da Costa do Marfim. “Sua franqueza sempre me tocou muito”, afirmou um sacerdote da Arquidiocese de Abidjan, citado pela CISA.
Considerado o responsável pelo reformismo islâmico na Costa do Marfim e o promotor de inúmeras iniciativas importantes para a comunidade muçulmana no país, o xeique Boikary viveu exilado nos Estados Unidos entre 2002 e 2006, a fase mais aguda do conflito entre as forças do então presidente Laurent Gbagbo e os rebeldes no norte do país.
Ao retornar ao país em 2011 foi nomeado vice-presidente da Comissão para a Verdade e a Reconciliação após a nova crise política que eclodiu na Costa do Marfim em 2010-2011. Mais tarde, em 2015, foi nomeado vice-presidente da nova Comissão de Reconciliação e ressarcimento das vítimas. (LZ)