Portugal: Bispos pedem “atitude responsável e solidária” para travar Covid-19

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A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aprovou nota sobre a ‘situação de pandemia e desafios pastorais para a Igreja’, que será divulgada “proximamente”.

Vatican News

“Perante tanto sofrimento gerado pela pandemia da Covid-19, os Bispos de Portugal, na fé e na confiança, exortam à serenidade e esperança e à atitude responsável e solidária para evitar os contágios e ir ao encontro dos mais fragilizados, para que juntos possamos ultrapassar esta crise “.

É a mensagem dos bispos portugueses na nota aprovada na assembleia plenária do episcopado português (presencial e o por videoconferência) que terminou no passado dia 14 de novembro em Fátima.

“Este comportamento responsável deve ser vivido após as celebrações litúrgicas mais festivas (Batizados, Comunhões, Crismas e Casamentos), evitando sempre as concentrações fora das igrejas e nas próprias casas”, acrescenta o texto.

A nota aborda as possíveis limitações às celebrações dominicais da Eucaristia e sessões de catequese, durante o novo estado de emergência que inclui a proibição de circulação em espaços e vias públicas e nos concelhos e horários definidos pelo governo.

“A impossibilidade de cumprir o preceito dominical não dispensa ninguém – nem mesmo quem não pode ou não deve sair de lar por motivos alheios à sua vontade – de cumprir o mandamento divino de santificar o dia do Senhor”, indica a CEP.

A Assembleia da CEP aprovou as ‘Diretrizes sobre a Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis’, adaptando as orientações que existem, seguindo as “últimas recomendações da Santa Sé”, disse o presidente da CEP em conferência de imprensa no final da assembleia plenária.

D. José Ornelas acrescentou que os bispos esperam que todos sejam “cautelosos e rigorosos”, rejeitando a ideia de uma “descristianização” por causa do menor número de participantes nas celebrações, durante a pandemia.

Já sobre a quebra de receitas nas instituições católicas, D. José Ornelas explicou que a principal preocupação não é tanto o seu normal funcionamento, mas a redução da capacidade de “assistir” as pessoas que mais precisam face ao agravamento da crise no país.

Já sobre o próximo Natal, face ao atual estado de emergência, o presidente da CEP realçou que é relevante ter a “liberdade de celebrar na igreja” e que maior preocupação é a celebração “em lar”.

“Fazemos tudo para que seja seguro vir celebrar na igreja”, acrescentou o bispo de Setúbal, esperando que haja, por parte dos decisores políticos, “sentido de equilíbrio”, para evitar que se morra “do vírus ou da sua cura”.

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